RELEASES EMPRESARIAIS

SEXTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2017 - Horário 16:20

Líderes podem evitar que reclamações contaminem ambiente de trabalho
Negócio / Um estudo publicado recentemente por professores da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda, e da Leeds School of Business, dos EUA, mostra que as reclamações de funcionários podem contaminar o ambiente de trabalho e diminuir o engajamento das equipes.

Os pesquisadores pediram a um grupo de mais de 100 funcionários de empresas da Holanda que relatassem problemas encontrados no trabalho ou fora dele: desde travamento de um computador, erros de cálculo ou de planejamento, conflitos com colegas ou chefes, até excesso de trânsito ou mau humor.

O estudo mostra que pessoas com menos "espírito esportivo" sofreram um efeito maior dos eventos negativos. E aqueles que reclamaram menos dos problemas apresentaram mais satisfação no trabalho. Para os pesquisadores, o foco nas adversidades pode torná-las maiores do que realmente são e muitas vezes a solução não está nas mãos de quem reclama.

A psicóloga e coach Iaci Rios, diretora da IMR e do Erickson College no Brasil, aponta as diferenças na forma como as pessoas lidam com as dificuldades. "Alguns de nós, quando enfrentamos um problema, um revés ou um acontecimento desagradável, podemos reagir pensando em formas de acabar com esta situação negativa e empenhar todas as nossas energias para esse fim. Assim, o futuro deixa de existir e acabamos mergulhando mais fundo ainda no problema", explica.

"Outros, porém, quando estão frente a uma situação negativa, começam a buscar uma saída, tentando imaginar ou até projetar um futuro diferente, do jeito como gostariam que fosse. É como se tentassem responder à pergunta: se você não tivesse este problema, o que você gostaria de ter no lugar dele? E aí a criatividade, a vontade e a capacidade de cada um acabam os levando para outros mares, mais agradáveis e isto por si só os afasta emocionalmente do problema", completa.

A especialista fala ainda sobre outra diferença nas formas de lidar com adversidades. "Alguns só conseguem olhar para o problema pelo lado de dentro. Outros conseguem olhar pelo lado de fora. Ou seja, nos confundimos com o problema e aí os sentimentos negativos acontecem, ou nos separamos do problema e a calma ou até mesmo a esportividade podem surgir para nos ajudar - vemos o problema como uma coisa bem separada de nós", descreve.

Iaci ressalta que são os nossos modelos mentais que nos fazem reagir de uma forma ou outra diante das dificuldades. E assim acabamos desenvolvendo uma postura mais otimista ou de reclamações.

A psicóloga alerta que as queixas podem contaminar o ambiente de trabalho. "A boa notícia é que todos somos dotados de recursos para virar a chave se assim o desejarmos", assegura.

Para Iaci Rios, um dos papeis dos líderes nas empresas é ajudar suas equipes a lidar de modo positivo com os problemas. "O gestor vem sendo cobrado cada vez mais para liderar essas diferenças e ajudar seu time a "virar a chave" para um bem-estar maior, pois isso gera mais motivação, mais engajamento e mais felicidade no ambiente de trabalho".

No entanto, faz uma ressalva: "Nem sempre o gestor está preparado para fazer este papel, ou para virar sua própria chave sozinho, se for também do tipo que reclama".

É aí que entra o papel do coaching, no suporte ao executivo. "Largar um vício nós sabemos que não é nada fácil. Mas com ajuda e determinação, é perfeitamente possível", frisa Iaci.

Formação em coaching

O Erickson College está com inscrições abertas para curso "A Arte e a Ciência do Coaching", que começa em 24 de agosto, em São Paulo. O programa é dividido em quatro módulos e oferece certificação da International Coach Federation (ICF).

Fundado em 1980 no Canadá, o Erickson College International está presente hoje em 37 países e já formou mais de 40 mil coaches. No Brasil, o Erickson College já certificou mais de 350 coaches desde 2010.

Mais informações sobre o programa "A Arte e a Ciência do Coaching": www.imr.net.br

Website: http://www.imr.net.br
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