RELEASES EMPRESARIAIS

QUARTA-FEIRA, 26 DE JULHO DE 2017 - Horário 17:26

Ataques cibernéticos ampliam perspectivas para uma nova profissão
Tecnologia / Há pouco tempo, o mundo foi tomado de surpresa com a notícia de um sequestro inusitado: o de dados. Em maio, o vírus Wanna Cry se espalhou por 150 países, incluindo o Brasil. Os computadores infectados tiveram todas as suas informações criptografadas e os criminosos pediram um resgate em bitcoins para liberá-las.

Os vírus do tipo "sequestrador" - como o Wanna Cry - são chamados de "ransomware" e alguns deles já vinham fazendo estragos há muito tempo. Mas este impressionou pela rapidez com que se espalhou e pela abrangência dos computadores infectados: mais de 230 mil. O crescimento vertiginoso deste tipo de ataque também salta aos olhos: o número de invasões passou de 3,8 milhões em 2015 para 638 milhões em 2016. É uma das ameaças mais assustadoras no mundo virtual. Os ataques são orquestrados por verdadeiras organizações criminosas, que estão lucrando muito com falhas na segurança do acesso aos dados armazenados em computadores.

Porém, o grande problema quando se trata de segurança virtual é a falha humana. Temos a tendência de ter medo apenas daquilo que conseguimos ver e a ameaça que vem por meio do computador não é facilmente percebida, pois vem encoberta por uma falsa sensação de segurança que o ambiente de casa ou do trabalho nos proporciona. Não percebemos que o perigo está no mundo virtual, nos sites que entramos, nos arquivos que abrimos. É por isso que as pessoas continuam clicando em links desconhecidos, abrindo as portas para os mais diferentes tipos de vírus. Isso acontece dentro de casa e nos computadores das empresas, causando prejuízos bilionários.

De acordo com a pesquisa ABI Research de 2016, disponibilizada pelo CERT.br, a estimativa é que as perdas financeiras tenham chegado a R$ 450 bilhões no mundo todo em 2016 – R$ 4 bilhões no Brasil. No ano passado, os ataques para derrubar páginas na web aumentaram 138% em relação a 2015. Segundo o relatório anual de ameaças cibernéticas publicadas em março de 2017 pelo SonicWall Global Response Intelligence Defense (GRID), o Brasil é o segundo país mais afetado pelos ataques no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. E nenhum segmento da indústria foi poupado das tentativas de ataques dos ransomwares.

Para fazer frente a todas estas ondas de ataques, a Faculdade de Tecnologia FIAP vai abrir – em 2018 – um curso de graduação em Defesa Cibernética inédito no país. "Existe uma estimativa de que 10% das vagas que foram abertas neste ano de 2017 para a área de TI foram voltadas para a área de defesa cibernética", esclarece o coordenador do curso, Humberto de Sousa. De acordo com o coordenador, existe um estudo mais aprofundado que aponta que seis milhões de vagas no mundo serão abertas para defesa cibernética até 2021.

"Formaremos profissionais altamente qualificados para atuar nos processos de gestão e planejamento de defesa cibernética, capacitados para ser a primeira linha de defesa e contra-ataque cibernético, utilizando as principais técnicas dos próprios atacantes, empregando tecnologia para proteger o espaço cibernético das organizações" afirma o coordenador Humberto de Sousa.

Serviço:
www.fiap.com.br
Vestibular 2018: inscrições a partir de agosto/2017

Website: https://www.fiap.com.br/graduacao/tecnologo/defesa-cibernetica/
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