RELEASES EMPRESARIAIS

QUARTA-FEIRA, 26 DE JULHO DE 2017 - Horário 16:40

5 dicas de um especialista para se dar bem em marketplaces
Negócio / Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o mercado de e-commerce registrou alta de 11% em 2016, em comparação com o ano de 2015, obtendo um faturamento de R$ 53,5 bilhões. Para 2017, a associação prevê resultado positivo, com crescimento esperado de 12%. O comércio eletrônico, mesmo em períodos de crise econômica, continua em ascensão. Isso ocorre em virtude da possibilidade de baixo investimento para atuar no setor. Enquanto um estabelecimento físico exige um valor muito alto, uma loja virtual demanda capital bem menor.

Atualmente, estar presente em marketplaces – espaço virtual onde se faz comércio eletrônico de forma ampla, anunciando seus produtos e serviços em sites de terceiros, especializados no varejo – é algo que todos os proprietários de e-commerce devem fazer. Segundo a ABComm, esse tipo de mercado corresponde a 20% do faturamento total das lojas virtuais no Brasil.

Para atuar por meio desse canal de vendas, é necessário cumprir alguns requisitos com o intuito de conseguir destaque e crescimento dentro das lojas integradoras.

1. Estoque

Quando os marketplaces chegaram ao Brasil, era natural encontrar produtos à venda com limites de entrega enormes. Isso ocorria devido à falta de estoque. Quando um produto era vendido, o lojista encomendava o item ao distribuidor, o que fazia com que o prazo fosse prorrogado. Atualmente, a tendência é que empresas queiram comercializar por meio dessas lojas, mas é importante que possuam depósito próprio, pois o deadline é algo que o consumidor leva em consideração na hora da aquisição de determinado objeto.

2. Entrega agendada

Por lei, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais é obrigatório disponibilizar ao cliente a opção de escolher a data e o horário da entrega. Esse último é dividido em três períodos: manhã (7h às 12h), tarde (12h às 18h) e noite (18h às 23h). As lojas de menor porte podem não conseguir atender a essa demanda, sendo assim, é essencial que seja feito todo o planejamento estratégico e que seja definido o plano de logística para conseguir suprir todas as necessidades que podem surgir por meio das vendas efetuadas nos marketplaces.

3. Arrependimento

Ainda no âmbito legal, o consumidor tem direitos referente à compra online. Ao efetuá-la, o usuário possui o período de até sete dias para se manifestar arrependido e devolver o produto e ser reembolsado, sem nenhum adicional, mesmo em caso de custo de logística reversa (quando o item precisa retornar do endereço de entrega para o estoque). Para conseguir maior quantia de vendas e melhores avaliações, é necessário estar de acordo com toda a legislação vigente, garantindo os direitos do cliente e arcando com os deveres enquanto lojista.

4. Fluxo de caixa

Ao atuar em marketplaces, é necessário que o gestor esteja preparado para o aumento no fluxo do caixa, uma vez que o volume de vendas cresce consideravelmente. É essencial a boa administração do controle financeiro, pois o incremento de transações pode ocasionar diversos problemas, como a falta da reposição de estoque ou o investimento demasiado em produtos, o que pode falir a empresa.

5. Multicanais de venda

Atualmente, existem diversos marketplaces, cada um com suas particularidades. É importante que a loja esteja preparada para atuar em todos simultaneamente, possuindo uma excelente gestão de estoque e administração. Também é essencial possuir infraestrutura e tecnologia para acompanhar o volume de vendas conseguindo, assim, se manter como uma loja ativa e rentável.

*Carlos Alves é diretor de marketplace do Magazine Luiza.
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