RELEASES EMPRESARIAIS

QUINTA-FEIRA, 27 DE JULHO DE 2017 - Horário 17:31

O uso de chuveiros elétricos no inverno
Energia Alternativa / O uso excessivo de energia elétrica pode trazer outro inconveniente: mudar a bandeira tarifária nos próximos meses, isto porque o inverno em uma boa parte do país é uma estação de pouca chuva e de alto consumo, isto faz com que os reservatórios da usinas hidroelétricas diminuam o seu volume.

O maior vilão do inverno é o chuveiro elétrico. No Brasil a grande maioria das pessoas usam este equipamento para o seu banho. O chuveiro é responsável por um terço da conta de energia elétrica, a energia elétrica gasta no chuveiro varia de acordo com a elevação de temperatura desejada, como no inverno a água está mais fria, para um banho agradável é necessário um maior aumento da temperatura, e com isto um maior gasto de energia. No inverno a seleção do chuveiro é sempre na posição de maior potência, isto já traz um aumento na conta, que pode ser ainda maior se o chuveiro for ligado antes do banho para aquecer o banheiro.
Estimativas de órgãos governamentais sobre o consumo do chuveiro elétrico, indica que ele é o formador do horário de pico do setor residencial, com impacto na curva de carga do sistema elétrico brasileiro. As estimativas oficiais sobre a participação do consumo do chuveiro no setor residencial indicam que ele é responsável por cerca de 23% da energia elétrica do país, o que pode corresponder a praticamente 30% da energia gerada por Itaipu no mesmo período.

Uma hora de banho quente consome em média de 4,5 a 6 kWh (quilowatts-hora) com o uso de um chuveiro popular o que equivale a aproximadamente 157,5 KWh no mês. Em São Paulo, a Eletropaulo cobra R$ 0,3 por Kwh, significando que um banho com 60 minutos de duração, ao final de 30 dias, custa R$ 47,25 - sem contar os impostos na fatura, como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), Taxa de Iluminação Pública e Encargo de Capacidade Emergencial.

Com o tempo frio fica mais difícil secar as roupas e o uso da secadora aumenta. Tipicamente este aparelho consome entre 120 a 150 kWh por mês quando utilizado uma vez por dia. A água fria também leva os consumidores a optarem por usar mais vezes a lavadora que consome por mês 3,15 a 6,30 kWh quando usada duas vezes por semana. Para os dois eletrodomésticos a dica é a mesma: procure acumular roupa para lavar e secar tudo de uma única vez, reduzindo o uso dos aparelhos e o consumo de energia.

Outro aparelho que passa a ser mais utilizado no inverno é o aquecedor elétrico portátil. Um aquecedor tem um consumo médio horário de energia de 1,50 kwh, se ligado por oito horas ao dia o consumo diário será de 12 kWh, em um mês o consumo pode ser de 360 kWh, ultrapassando mais que o dobro do consumo de energia elétrica do chuveiro. Podendo gerar um impacto de mais de R$ 100,00 mensais na conta de energia, dependendo do modelo.

A Iluminação consome 16% da energia elétrica gasta no país. No inverno este consumo também aumenta, a razão é diferente, não é devido ao frio mas a diminuição do período do dia em relação ao da noite. Com os dias mais curtos é necessário ligar as lâmpadas por um período maior durante o dia.
Abaixo as DICAS NEXANAS para reduzir as despesas com o consumo da energia elétrica

O aumento do consumo de energia no inverno é inevitável, pelas razões expostas, mas o que podemos fazer para que este aumento seja o mínimo possível?

1. Reduzir a duração do banho; não ligar o chuveiro antes para aquecer o banheiro e mesmo desligar o chuveiro durante o período que tiver ensaboando pode ser alternativa, para reduzir o tempo de chuveiro ligado. Tomar o banho numa regulagem menor os dias que não estiver muito frio é uma solução para diminuir o consumo horário do chuveiro. A combinação destes dois fatores vai trazer a economia na conta no final do mês.

2. Otimizar o uso das lavadoras e secadoras de roupa, colocando o máximo de roupas permitido, mas sem sobrecarregá-la. Utilize o varal sempre que o dia estiver ensolarado ou o clima mais seco.

3. Quando usar aquecedores nos ambientes em que as pessoas permanecem mais, como nos quartos e evitar o seu uso em locais onde as pessoas passam pouco tempo. Ligue pouco tempo antes do uso e certifique de que portas e janelas estão fechadas. Mantenha a temperatura em valores menores e complemente com agasalhos e cobertores.

4. Ligue as lâmpadas somente quando tiverem pessoas no ambiente, saindo do ambiente desligue a lâmpada. Faça uso de lâmpadas mais eficientes como fluorescentes compactas e LED, principalmente em locais de maior uso. Utilize uma iluminação ambiente menor e complemente por iluminação localizada como abajures e luminárias de mesa.


João Cunha, engenheiro elétrico, consultor da Nexans
Website: http://www.nexans.com.br
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