QUARTA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2017 - Horário 16:41
Hack Town se firma como uma das principais conferências do mercado da música no Brasil
Arte e Entretenimento / O município mineiro de Santa Rita do Sapucaí, com apenas 40 mil habitantes, recebeu no último feriado prolongado de 7 de setembro mais de 3.000 pessoas de todo o Brasil para a terceira edição do Hack Town. O festival de criatividade e inovação reuniu em 2017 mais de 250 palestras e workshops durante quatro dias, com destaque para a combinação de conteúdos distintos, que levou ao evento um público variado: de profissionais de tecnologia, comunicação, startups, a produtores do mercado musical, artistas e curadores de festivais de música independente.
Para o produtor e curador musical Pena Schmidt, o Hack Town é uma oportunidade especial que proporciona que artistas e produtores da música convivam com a dinâmica da tecnologia e do empreendedorismo das startups. "Pretendo estar lá novamente em 2018", completou Schmidt, que ao longo de sua carreira foi responsável pelo lançamento de grandes nomes da música brasileira como Titãs e Ultraje a Rigor, e hoje busca o atalho entre o mundo da música e o das startups. Outro nome conhecido que esteve no Hack Town foi o saxofonista Marcelo Coelho, dono de uma carreira internacional brilhante como instrumentista e atualmente sócio da primeira aceleradora de artistas do país. "Falar de música é falar de tecnologia, empreendedorismo, mercado, criatividade, inteligência artificial, blockchain, startups, e tantas outras áreas do conhecimento que passam por transformações neste momento da história", destaca Coelho. "A música se tornou um grande aglutinador de conteúdos e o Hack Town surge como roteiro obrigatório para quem que atua no ecossistema da música e da economia criativa", afirma.
O paulistano Felipe Feffer conta que depois de oito palestras, sua banda, a Indigo Som, saiu carregada de conhecimento, empenho e energia para concretizar grandes avanços. "Foi uma experiência e tanto", afirma o jovem músico. Para a produtora mineira Mariana Sayad, o festival possibilitou a músicos e produtores conhecer diversas ferramentas acessíveis para alavancar suas carreiras, além de ter acesso a muitos cases de sucesso para se inspirarem. "O Hack Town vai além de temas de tecnologia e lança um olhar sobre o futuro das novas economias para a música e a cultura", concluiu.
Carlos Henrique Vilela, um dos idealizadores do Hack Town, ressalta que a proposta do evento é ser um ponto de conexão entre áreas diferentes pelo viés do empreendedorismo e da inovação. "O mercado musical é um dos segmentos que mais se transformaram nos últimos tempos, e hoje ele tem tudo a ver com tecnologia e com novos modelos de negócio", conta Vilela, que assume a inspiração do Hack Town no festival norte-americano SXSW, tanto no formato espalhado pela cidade quanto na conexão entre áreas como a música e a tecnologia.
"Estamos falando de um encontro entre gente do mundo da tecnologia, do marketing, das startups, do audiovisual, da música. Todos unidos pela necessidade de se virar, de realizar por conta própria, e de se conectar uns aos outros em um mundo cheio de incertezas, que demanda cada vez mais inovação e comportamento empreendedor", ressalta Vilela. Além disso, destaca, o fato de proporcionar uma imersão em uma cidade pequena, receptiva e que valoriza a criatividade, faz com que o público do Hack Town esteja aberto para conhecer novas pessoas, ideias e experiências. "A frente voltada ao mercado musical foi uma experiência na primeira edição, ganhou força na segunda e se firmou na terceira. Para 2018, o objetivo é gerar ainda mais impacto, principalmente em termos de conteúdo relevante e na geração de negócios para o mundo da música", conclui.