RELEASES EMPRESARIAIS

SEXTA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2017 - Horário 14:41

Como montar uma carteira de fundos de investimentos: o que você precisa saber
Economia / A economia brasileira começa a se recuperar, a taxa Selic está em queda e a Bolsa está em alta. O clima é de otimismo, mas a recuperação segue lenta e com muitas incertezas, principalmente por causa da crise política. Para deixar a situação ainda mais "animada", em 2018 haverá eleições para a Presidência da República. A expectativa é a de que os ativos ganhem e percam valor ao sabor das expectativas de quem vai comandar o país.

Diante de tantas variáveis, como montar uma boa carteira de fundos de investimento? No último dia 14, durante a comemoração de um ano do relatório Os Melhores Fundos de Investimentos (https://goo.gl/gwwK4U), assinado pela CFP® Luciana Seabra (https://goo.gl/mCVwca), a Empiricus (www.empiricus.com.br) convidou George Wachsmann, sócio responsável pela alocação em fundos da gestora GPS, Sylvio Castro, responsável pela gestão de fundos exclusivos do private banking da Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG), e Maxim Wengert, sócio-fundador da provedora de dados Quantum, para falar sobre o assunto.

Wachsmann e Castro, que alocam o patrimônio de famílias detentoras de grandes fortunas, deram dicas do que é imprescindível fazer na hora de montar uma carteira de fundos.

Para Wachsmann, agora que os juros estão baixos, os fundos tendem a se diferenciar mais em termos de desempenho. "Você vai separar os garotos dos homens, quem é de fato o gestor que consegue agregar valor dos que só conseguem pegar onda boa", argumenta.

Veja os principais pontos debatidos no evento.

FUNDOS MULTIMERCADO: PRECISO DE VÁRIOS GESTORES NO PORTFÓLIO?

Historicamente, os gestores de multimercados brasileiros ganham principalmente com movimentos de corte nos juros. Como grande parte do ajuste na Selic já foi feita, o gestor de fortunas da GPS diz que tem diversificado mais em outros tipos de fundos. "Antes, as carteiras dos nossos clientes tinham até 60% de multimercado e hoje elas têm entre 20% e 25%. É preciso ir para outros ativos."

"É ilusão achar que com 20 ou 30 gestores macro no portfólio você atingirá um nível ótimo de diversificação", defendeu Castro, da CSHG. Na verdade, o que de fato acontecerá é o cancelamento de vários trades e uma rentabilidade inferior. Até porque, conforme levantamento feito por Wengert a pedido da Empiricus, as dez maiores assets brasileiras independentes de multimercados (https://goo.gl/F13Zod) têm a cabeça muito parecida quando o assunto é ganhar dinheiro.

Para fugir do lugar-comum e do risco fiscal brasileiro, seja pelo cenário político, seja pela queda de juros, Castro sugere que o investidor aplique em ativos expostos a outros riscos, como o dólar, e nos chamados alternativos, caso dos fundos de ações que também são vendidos na Bolsa, de tal forma que podem se dar bem em cenários piores para ações, os chamados "long biased".

Mais uma coisa a ficar de olho é que bons gestores não ficarão eternamente disponíveis. Mas há bons profissionais em gestoras e tesouraria de bancos que vão montar ou já montaram novos fundos. É preciso persegui-los, em vez de, pela falta de fundos abertos, cair na armadilha de profissionais que acabaram de sair da faculdade.

É POSSÍVEL DIVERSIFICAR COM FUNDOS DE AÇÕES?

Um estudo da Quantum, também realizado a pedido da Empiricus, mostra que a correlação dentre os dez maiores fundos de ações chega a 80%, ou seja, há bastante semelhança entre as carteiras.

Para os alocadores, isso acontece em grande parte porque o Brasil está há cinco anos sem crescer e não tem grande diversidade de companhias líquidas na Bolsa.

Das mais de 300 empresas listadas na B3, apenas pouco mais de 100 ações têm liquidez. "Algumas empresas saem da Bolsa, outras fecham, então não tem muito como diversificar", argumenta Wachsmann.

Na análise de Castro, as carteiras estavam de fato muito parecidas no começo de 2016, mas os gestores começaram a buscar estratégias diferentes.

Deste modo, o importante na hora de diversificar é ver a estratégia de cada gestor. Tem aqueles que focam mais em dividendos; outros, em small caps; outros, em papéis de primeira linha. Há também gestores que têm um giro maior, que fazem investimentos mais de curto prazo.

Encontrar um bom gestor e ter objetivo de longo prazo ajudam a obter melhores resultados no investimento em ações (https://goo.gl/K92jco).

PROTEÇÃO É A PALAVRA

Como se costuma dizer no mercado financeiro: o mercado sobe de escada e desce de elevador. Por isso, é importante ter seguro. "No Brasil usamos Bolsa e câmbio para nos proteger. Abrimos mão de parte do ganho futuro para ter seguro", alerta Wachsmann.

Apesar de investir em moeda estrangeira, Castro defende que não é preciso correr para investir grande parte do patrimônio em dólar. "Estamos olhando moedas, apesar de acharmos que ainda não é hora de sair comprando dólar frente ao real. Para possíveis quedas, montei seguros em Ibovespa", enfatiza.

Quer saber mais sobre investimentos em fundos? A Empiricus tem um relatório semanal exclusivo para assinantes, que traz uma análise detalhada dos melhores fundos de investimentos do país. Para saber mais, acesse: Os Melhores Fundos de Investimento.

Website: https://www.empiricus.com.br/produtos/os-melhores-fundos-de-investimento/?xpromo=XE-ME-DINO-X-X-X-REF-X-X
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