RELEASES EMPRESARIAIS

SEGUNDA-FEIRA, 13 DE NOVEMBRO DE 2017 - Horário 15:28

Maligan é a primeira empresa a se beneficiar do acordo entre ALMACO e IPT
Negócio / Única fabricante brasileira de malas e cases de compósitos, a paulistana Maligan é a primeira empresa a se beneficiar do acordo entre a Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Assinado em junho, o Termo de Cooperação (TC) entre ALMACO e IPT tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento das micro, pequenas e médias empresas.

Marcelo Sartore, diretor da Maligan, explica que a companhia – é associada da ALMACO desde 2014 – recebeu um comunicado da entidade sobre a possibilidade de acessar as linhas de financiamento oferecidas pelo IPT. "Na sequência, nos credenciamos para a realização do ensaio IP67, que atesta se determinado produto é à prova d´água e poeira", afirma.

As duas primeiras amostras enviadas pela Maligan já foram testadas e aprovadas pelo IPT. "Mais quatro ainda serão submetidas aos testes e, até dezembro, esperamos ter o resultado final". Sem o financiamento, a Maligan teria que investir um valor cinco vezes superior ao que despendeu para a realização dos ensaios.

Caso tenha as suas malas definitivamente aprovadas nos testes conduzidos pelo IPT, a Maligan poderá disputar tanto licitações domésticas com fornecedores internacionais quanto exportar os seus produtos. "Segmentos como o militar, offshore e hospitalar, entre outros, exigem que as malas tenham a classificação IP67".

O acordo entre ALMACO e IPT divide-se em duas frentes. A primeira, focada em extensão tecnológica, conta com financiamentos federal, por meio do Sistema Brasileiro de Tecnologia (SIBRATEC), e estadual, a cargo do Programa de Apoio Tecnológico às Micro, Pequenas e Médias Empresas, com orçamento do Plano Plurianual (PPA) do governo de São Paulo. "Somadas ambas as fontes, dispomos de cerca de R$ 3 milhões por ano para subsidiar as atividades. Depois de orçado o tipo de serviço, a empresa interessada se responsabiliza pela contrapartida de cerca de 20% do custo total", detalha Mari Katayama, diretora do Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa do IPT, organismo executor do programa no estado de São Paulo.

Criada em 1999, a extensão tecnológica está disponível somente para as empresas paulistas que faturam até R$ 90 milhões/ano. Sua atuação concentra-se em cinco áreas: atendimento via unidades móveis para visitas in loco e resolução de problemas tecnológicos (PRUMO); adequação de produtos para o mercado externo (PROGEX); qualificação de produtos para o mercado interno (QUALIMINT); gestão de produção (GESPRO) e produção mais limpa (PROLIMP). "Já fizemos, por exemplo, cerca de cinco mil atendimentos no âmbito da PRUMO e realizamos mais de 1.500 adequações de produtos para a exportação".

EMBRAPII e SEBRAE

A segunda frente do TC assinado pela ALMACO e IPT destina-se ao fomento da pesquisa e inovação industrial. Disponível para empresas de todo o Brasil que faturam até R$ 3,6 milhões/ano, a atividade conta com o financiamento da Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). "Trata-se de um programa com foco exclusivo em desenvolvimento e inovação. É voltado principalmente para os microempreendedores individuais, empresas de pequeno porte e startups".

Os participantes podem contar com aporte financeiro do SEBRAE, cabendo à empresa uma contrapartida, em média, de 14% do custo total do projeto de desenvolvimento tecnológico. "A contrapartida fica em torno de 17% quando temos um encadeamento tecnológico, isto é, o envolvimento de uma pequena e uma média ou grande empresa, cabendo a estas duas últimas o aporte financeiro de, no mínimo, 10%", calcula Mari. O IPT é credenciado na EMBRAPII na área de materiais compósitos, metálicos e cerâmicos, bem como em nanopartículas e desenvolvimento/escalonamento de processos biotecnológicos.


Website: http://www.almaco.org.br
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