RELEASES EMPRESARIAIS

SEXTA-FEIRA, 22 DE DEZEMBRO DE 2017 - Horário 11:13

Como investir no Tesouro Direto no próximo ano
Negócio / O Tesouro Direto está se tornando cada vez mais uma forma de investimento muito popular no Brasil. Só em 2017, o número de investidores cadastrados até o mês de setembro teve um aumento de 70%.

Essa mudança de hábito do investidor, que está saindo da poupança em busca de investimentos mais rentáveis, tende a ser ainda mais forte no próximo ano.

Quem tem interesse em investir em Tesouro Direto em 2018, mas não conhece a modalidade, precisa buscar entender o funcionamento desses títulos para fazer boa escolhas na hora de investir. Afinal, há diferentes tipos de títulos, que se adequam a diferentes objetivos de quem investe.

Entenda o funcionamento do Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional, que visa tornar o processo de compra e venda de títulos públicos um processo mais fácil e acessível para pessoas físicas.

Ele funciona como um empréstimo que o investidor faz ao governo federal, que devolverá o dinheiro corrigido por uma taxa de rendimento depois de um determinado período. Antes da criação do programa, pessoas físicas só conseguiam investir na modalidade através de fundos de investimento, o que o tornava pouco rentável devido às taxas administrativas que eram cobradas.

Hoje, todo o processo pode ser realizado através da internet. Além de simples, também é muito acessível, uma vez que a partir de R$30 já é possível adquirir títulos públicos. Com isso, o Tesouro Direto tornou-se uma ótima forma de aplicar dinheiro e atraiu a atenção de muitos investidores brasileiros.

Benefícios de investir em títulos públicos

Investir no Tesouro Direto significa aplicar dinheiro em uma modalidade com alto nível de segurança. Além disso, alguns títulos oferecem rentabilidade acima da inflação.

Outra grande vantagem dos títulos públicos é sua liquidez diária. Ou seja, o investidor pode vender seus títulos e resgatar o dinheiro diariamente, seguindo as regras estabelecidas pelo programa.

A praticidade das negociações serem feitas pela internet, também traz grandes benefícios para o investidor. Nesse sentido, é possível perceber que o recente aumento no número de investidores em títulos públicos não foi sem motivo.

Quais são os tipos de títulos públicos?

Existem três principais tipos de títulos públicos: Tesouro Prefixado, Tesouro Selic e Tesouro IPCA+. Cada um deles está atrelado a uma taxa e/ou a um indexador da economia. Isso faz com que se mostrem boas oportunidades, ou não, de acordo com o cenário econômico no momento.

Tesouro Prefixado

Modalidade em que a rentabilidade final já é conhecida desde o início do contrato, por ser atrelado a uma taxa fixa.
Devido às quedas consecutivas da taxa Selic em 2017, esses títulos geraram alto ganho neste ano e conquistaram lugar de destaque na renda fixa. Com a redução da taxa básica de juros brasileira, os papéis atrelados a ela apresentaram rentabilidades menores, tornando os títulos prefixados mais atraentes.

O mercado trabalha com a possibilidade da taxa Selic cair ainda mais, o que faz com que a compra de títulos prefixados também possa perder atratividade.

Tesouro Selic

Como o próprio nome sugere, este título tem sua rentabilidade atrelada à taxa Selic. Quando a taxa básica da economia brasileira estava em alta em 2016, sua rentabilidade era bem atrativa. Já em 2017, com as constantes quedas, a rentabilidade perdeu atratividade.

Se a taxa permanecer em baixa em 2018, o Tesouro Selic pode continuar sendo uma segunda opção para investir na opinião de analistas.

Tesouro IPCA+

Também com um nome bem sugestivo, o Tesouro IPCA+ segue um indexador da economia chamado Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ou seja, acompanha a inflação.

Segundo analistas, para quem busca altas rentabilidades em 2018, esse título pode não ser a melhor opção. Apesar disso, ele ainda pode ser uma boa alternativa para os investidores que buscam proteger seu capital no longo prazo e evitar que ele perca poder de compra com o passar do tempo.

Para tomar boas decisões na hora de aplicar dinheiro, tanto no Tesouro Direto quanto em outras modalidades, é indispensável que o investidor entenda o cenário do mercado e as possibilidades oferecidas. Dessa forma, as decisões serão pautadas em dados e perspectivas e não serão tomadas no escuro.

Website: https://www.tororadar.com.br/investimentos/tesouro-direto
© 2014 Todos os direitos reservados a O Globo e Agência O Globo. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem prévia autorização.