RELEASES EMPRESARIAIS

SEXTA-FEIRA, 29 DE DEZEMBRO DE 2017 - Horário 15:27

Poupança registra maior entrada líquida desde 2013
Negócio / Muitos poupadores Brasil afora mantêm-se atentos às notícias em relação à caderneta de poupança. Nesse sentido, dados divulgados pelo Banco Central recentemente, de fato, chamaram a atenção de muitas pessoas no país.

Segundo as informações publicadas, no mês de novembro, os depósitos feitos na caderneta superaram as retiradas em quase R$4 bilhões. A soma de depósitos realizados chegou a R$175,78 bilhões e as retiradas totalizaram R$171,87 bilhões. Com isso, o resultado verificado correspondeu ao maior ingresso líquido de recursos registrado em novembro desde 2013.

O levantamento do Bacen também apontou que o estoque da poupança, isto é, o valor total dos recursos depositados, apresentou crescimento e ultrapassou o patamar de R$700 bilhões. No final de outubro de 2017, o saldo da caderneta ficou em R$695,21 bilhões e, em novembro, a soma chegou a R$702 bilhões.

Vale ressaltar que o estoque contabiliza, além dos depósitos e retiradas, os rendimentos creditados nas contas poupança. O montante registrado de rendimentos, também chamados de juros, creditados nas contas de todos os poupadores do país foi equivalente a R$3,13 bilhões em novembro.

Apesar de números animadores, os dados apontaram que no acumulado dos 11 meses de 2017 os saques superaram os depósitos em R$2,24 bilhões. Mesmo com o resultado negativo, os números do período analisado foram os melhores dos últimos três anos.

Nesse quesito, o ano de 2016 foi um dos mais desanimadores para a poupança. Isso porque, na soma dos 12 meses do ano passado, foram retirados R$40,7 bilhões da caderneta. O resultado anual é o segundo pior já verificado, ficando atrás apenas do ano de 2015, quando os saques totalizaram R$53,5 bilhões.

Poupadores buscam alternativas mais rentáveis

Além dos dados divulgados recentemente pelo Banco Central, o ano de 2017 também trouxe mudanças para a poupança no que se refere a seu rendimento. Desde o início de setembro, o cálculo do rendimento mensal poupança
mudou.

Durante todo o ano de 2017, a Selic sofreu cortes consecutivos. Entre eles, o que causou alvoroço no mercado financeiro foi o ocorrido em setembro, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) determinou a taxa Selic no patamar de 8,25%.

Com isso, a poupança passou a render de forma diferente. Segundo a norma em vigor a partir de 2012, quando a taxa Selic está igual ou inferior a 8,5% ao ano, o cálculo da rentabilidade da caderneta é: 70% da meta da Taxa Selic ao ano mais Taxa Referencial.

Assim sendo, o rendimento que já deixava a desejar, depois da nova regra se agravou. Uma prova disso é que, no comparativo entre os meses de outubro de 2016 e outubro de 2017, a rentabilidade da poupança caiu 28%.

Em vista disso, muitos poupadores passaram a buscar alternativas para aplicar dinheiro. Considerando também que, para 2018, a perspectiva é de que a Selic continue em queda, deixando o rendimento da poupança ainda menos atraente.

Outras modalidades de investimento disponíveis no mercado começaram a ganhar popularidade diante deste cenário. É o caso do Tesouro Direto, programa vinculado ao governo federal, que bateu recordes de inscritos em 2017. Grande parte desse crescimento se deve à praticidade, à segurança e ao baixo custo que o investimento oferece.

Além dos títulos públicos federais, aplicações em renda fixa, como Certificados de Depósito Bancário (CDB) e Letras de Crédito (LCI e LCA), e em renda variável, como a Bolsa de Valores, também entraram no radar de muitos investidores.

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