Nos jovens, especialmente, os sintomas depressivos são acompanhados de uma tendência a consumir álcool e outras drogas, o que aumenta o risco de suicídio.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de suicídios na faixa dos 15 aos 29 anos aumentou em 27,2% de 1980 a 2014. Especialistas apontam a depressão, alcoolismo, drogas, violências doméstica e sexual e bullying como algumas das principais causas.

QUANDO NADA MAIS FAZ SENTIDO

A série 13 Reasons Why, que estreou em 2017 na Netflix, mostra a história de uma jovem que registrou em fitas cassete as 13 razões que a levaram a cometer suicídio.

Esta série, além de outros fenômenos da era da internet, como o polêmico jogo da Baleia Azul, e também o aumento dos casos suicídio entre adolescentes, mostram como a saúde emocional e mental dos jovens vem pedindo uma atenção mais cuidadosa, não só das políticas de saúde pública, mas também da família, educadores e amigos.

UM OLHAR MAIS ATENTO

A Associação Brasileira de Psiquiatra, em sua cartilha "Suicídio, Informando para Prevenir", mostra que 97% dos casos de suicídio estão associados a doenças psiquiátricas. Por exemplo, 36% dos suicidas apresentam distúrbios de humor e 22% são usuários de substâncias psicoativas - ambas condições que, com o acompanhamento adequado, são tratáveis.

O olhar atento dos pais, familiares, professores, orientadores e amigos pode ter papel fundamental na detecção desses distúrbios e, consequentemente, facilitar o acesso dos jovens aos tratamentos disponíveis.

Ainda que os adolescentes sejam o alvo das maiores preocupações, crianças podem também precisar de psicoterapia infantil para resolver certas dores emocionais e evitar que elas se tornem problemas cada vez maiores, com o passar dos anos.

A diretora do portal Nossos Doutores, Solange Maia, destaca que "Muitas vezes é difícil, para quem está perto, compreender que a dor emocional de um jovem pode não ser apenas uma fase, mas um problema que requer atenção e cuidado". Por isso, segundo ela, é importante oferecer informação confiável, que ajude a identificar e encaminhar o jovem para o tratamento, quando necessário. "Ainda que nem todo adolescente chegue ao extremo de pensar em suicídio, o auxílio de um psicólogo pode ser de grande ajuda para trabalhar problemas ligados à autoestima, bullying, ansiedade, depressão e outros conflitos emocionais", continua.

CONHECER MAIS PARA AJUDAR MELHOR

A partir da segunda quinzena de Maio o portal Nossos Doutores lança uma série de palestras e debates, sempre gratuitos, levando a pais, educadores e aos próprios jovens, informações sobre saúde mental e emocional. O objetivo é ajudar a entender estes problemas e, principalmente, saber como agir quando as coisas não vão bem.

As palestras poderão ser solicitadas por escolas, clubes, igrejas, associações, e serão apresentadas pelos profissionais que fazem parte do Nossos Doutores. Entre os temas abordados estarão a ansiedade, depressão, bullying, dependência, cutting (autolesão), conflitos familiares, vício em tecnologia, entre outros assuntos de interesse específico de cada grupo.

Nestes encontros serão também promovidas rodas de conversa, nas quais os participantes poderão esclarecer dúvidas e conversar abertamente sobre o que se passa na cabeça dos jovens e de seus pais. "Os encontros incentivam o acolhimento, e não o julgamento, de sofrimentos que muitas vezes não são vistos ou percebidos sem o exercício de um olhar mais cuidadoso", explica a diretora do portal.

Escolas, igrejas, associações e empresas interessadas em receber as palestras gratuitamente podem entrar em contato com o Nossos Doutores pelo e-mail contato@nossosdoutores.com.br ou pelo WhatsApp (11) 95978-1941.

SAÚDE EMOCIONAL QUANDO O ORÇAMENTO APERTA

O Nossos Doutores é um portal de agendamento de consultas particulares a preços acessíveis. A ideia surgiu quando os idealizadores perceberam que a queda dos níveis de emprego e de renda fizeram despencar o número de associados aos planos de saúde. Hoje são 70% de brasileiros sem convênio.

Diferente de uma clínica popular, no Nossos Doutores o paciente escolhe seu psicólogo, dentista, médico, fisioterapeuta, nutricionista ou fonoaudiólogo, com base nas informações do perfil de cada um, e é atendido no consultório particular do próprio profissional, perto de sua casa ou trabalho.

O diretor do portal, Helder Conde, destaca que, antes de agendar consultas, o objetivo das palestras é educar as pessoas, debater, gerar conversas que promovam conscientização sobre aquelas dores que não são físicas, mas que comprometem a qualidade de vida, especialmente quando se é jovem.

"Acreditamos que primeiro as pessoas precisam entender que algo não está bem e acolher esta ideia. Só então estarão prontas para procurar a ajuda necessária", explica Helder.

JUSTO QUANDO A VIDA TEM MAIS A OFERECER

A infância e adolescência são momentos de construção da personalidade, caráter, habilidades sociais e autoconhecimento. É importante assegurar que o jovem tenha o apoio necessário para desenvolver as ferramentas emocionais, que o capacitem a lidar com as dificuldades que a vida impõe.

Um maior cuidado com a saúde emocional e mental de crianças e adolescentes é uma aposta de longo prazo, para frear o crescimento preocupante dos números ligados a estes distúrbios e oferecer aos jovens uma infância e adolescência mais equilibradas.

Fechar os olhos para suas dores é negar-lhes a possibilidade de felicidade, justamente no momento em que a vida tem mais a lhes oferecer. Entender e acolher seus problemas é o primeiro passo. Tratá-los com devido cuidado pode mudar, ou salvar, a vida de um jovem e de sua família.