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QUINTA-FEIRA, 5 DE JULHO DE 2018 - Horário 11:49

Papa Francisco recebe no Vaticano livro organizado por entidade brasileira
Educação / O livro conta um pouco da história do programa Cultura Viva e os Pontos de Cultura, que alcançou 3.500 locais em 1.100 municípios brasileiros, beneficiando 9 milhões de pessoas, entre 2004 e 2010, segundo dados do IPEA. Depois do sucesso no Brasil, o projeto transformou-se em um movimento latino-americano e hoje está presente em 17 países. O livro "Cultura a unir os povos - A arte do encontro" com edições em quatro idiomas (português, espanhol, italiano e inglês), é do historiador Célio Turino, o mesmo que idealizou os pontos de cultura. As ilustrações são do fotógrafo Mário Miranda e revelam a riqueza cultural encontrada ao longo dos últimos anos.

O lançamento mundial da publicação foi no dia 28 de junho, durante o seminário "Ponto de Encontro - Cultura a unir os povos", organizado pelo projeto Scholas Occurrentes, que contou com a participação de entidades de países da América Latina com atuação em cultura, natureza e comunidade. No primeiro dia de debate a coordenadora de Arte do IOK, Silvia Liz, apresentou a metodologia da Instituição e o que são as ações e como elas são desenvolvidas. Além disso, Liz expôs o preparo da cidade de São Paulo para acolher pessoas com algum tipo de deficiência: "A cidade de São Paulo tem um quarto da população com alguma deficiência, mas apenas uma parcela está preparada para receber as pessoas com deficiência intelectual, por isso o IOK existe, para fazer um trabalho voltado para este público menos assistido e inseri-los na sociedade".

"O IOK esteve no seminário para trazer ao projeto a inclusão de pessoas que estão à margem da sociedade por serem julgadas como incapazes. Nossa experiência de 11 anos atuando com projetos esportivos e artísticos nos mostra que não existem pessoas incapazes e sim a falta de inclusão", comenta Olga Kos vice-presidente do Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural.

O Scholas Occurrentes é um projeto que começou em 2006, em Buenos Aires, quando o Papa Francisco ainda era o arcebispo Jorge Mario Bergoglio, com o objetivo de reunir crianças e jovens de escolas públicas e particulares, de todas as religiões, afim de formar cidadãos comprometidos com o bem comum. O Vaticano apoiou a ideia e tem contribuído para espalhar esse conceito por todos os continentes.

Durante o seminário, entre os dias 27 e 29 de junho, foram apresentadas e debatidas propostas de transformação para os Pontos de Cultura e movimentos pela Cultura Viva Comunitária na América Latina e para a criação de um fundo mundial para a cultura do encontro. Ao final, todos os presentes assinaram a Carta de Castelgandolfo, que foi entregue ao Papa com propostas a serem incorporadas ao documento que está sendo elaborado pela Igreja. O papa Francisco já respondeu a carta e as medidas serão anunciadas em Breve, segundo o Vaticano.
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