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SEXTA-FEIRA, 13 DE JULHO DE 2018 - Horário 8:15

Exchanges e plataformas de cryptotrading apostam na descentralização para aumentar segurança e evitar ataques hackers
Negócio /

O risco ao ataque hacker é uma das maiores preocupações de exchanges e plataformas de crypto trading. Depois de diversos ataques hackers como o ataque sofrido pela grande exchange japonesa Coincheck, que teve mais de 500 milhões de dólares roubados no começo do ano, as preocupações com a segurança na comunidade de criptomoedas têm aumentado.

O crescimento desse mercado tem sido exponencial mundialmente. No Brasil, já existem mais de 1.200 moedas virtuais.

E esse cenário levanta a questão: quem tem o controle sobre as moedas de quem está fazendo a negociação? Como é possível oferecer mais segurança aos usuários das plataformas?

Grande parte das exchanges e plataformas de trading atuais usam sistemas de carteira centralizada que fazem com que os usuários percam o controle de suas moedas. Isso acaba expondo as pessoas a ameaças de segurança.

No entanto, a possibilidade de usar um sistema de carteira descentralizada pode ajudar a comunidade crypto a aumentar a segurança. Isso porque, dessa forma, os usuários podem continuar tendo o controle de seus ativos durante todo o processo.

A grande "mãe" dessas exchanges e plataformas descentralizadas é a gigante Ethereum, criada pelo canadense Vitalik Buterin em 2014. Devido ao sistema de descentralização e "Open Source", as aplicações feitas pela Ethereum não precisam de players intermediários.

As transações são feitas através da moeda Ether, que não possuem um limite de mineração assim como ocorre com o Bitcoin.

"Dessa forma, garantimos que a plataforma ou exchange nunca fique comprometida", explica Chris Urbanowicz, diretor de tecnologia da BBOD (Blockchain Board of Derivatives), plataforma que usa um sistema de carteira descentralizada com contratos inteligentes no blockchain da Ethereum. 

Plataforma quer garantir mais segurança para a comunidade cryptotrader

Ao codificar os depósitos e regras de retirada, juntamente com os limites, Urbanowicz explica que não existe um único ponto de confiança - nem do lado do criador do contrato, nem da plataforma. "Graças a um mecanismo de heartbeat, os clientes têm a opção de recuperar seus fundos se a plataforma deixar de funcionar”, explica ele.

Programada para ser lançada em julho, a BBOD quer competir com grandes players do segmento, como Bitmex e Binance, que ainda usam um sistema de carteira centralizada.

Para Piotr Arendarski, Cofundador e Assessor Econômico Chefe da BBOD, a oportunidade de altíssimos lucros com contratos futuros em Ethereum e a necessidade de diminuir a volatilidade do mercado de criptomoedas foram os principais fatores para a criação da plataforma. "Nós notamos o crescimento da rede da Ethereum e a necessidade de ter uma plataforma descentralizada para solucionar os problemas de segurança, o que pode ser feito com os contratos futuros", explica.

A BBOD oferecerá contratos futuros, índice futuro e perpétuos estabelecidos em Ether contra USD e altcoins mais populares. As moedas de depósitos são Ether.

A BBOD é gerenciada por uma comunidade internacional. Os membros da equipe estão espalhados por Cambridge, Nova Delhi, Brasil, Lagos, Valência e etc.

Ether x Bitcoin

Essa é uma comparação muito comum no mundo das criptomoedas.

O Bitcoin foi criado para ser uma moeda digital e ser usada como forma de pagamento.

O Ether é a moeda criada para operar na plataforma Ethereum, que garante a criação de contratos inteligentes de forma descentralizada.

Para Piotr Arendarski, a vantagem que o Ether tem sobre o Bitcoin é justamente a capacidade de usar contratos inteligentes. “Os contratos podem ser executados automaticamente e a tecnologia de contrato inteligente torna as empresas muito interessadas em aplicar na rede Ethereum nas operações do dia a dia”, diz.


Saiba mais em: https://www.bbod.io



Website: https://bbod.io/
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