Startups / A nova modalidade de investimento é totalmente democrática e permite que todos os valores se transformem em capital para a realização de ideias transformadoras – que podem ser o novo Google, Bitcoin ou Facebook.
A ideia de que investir em empresas é um processo burocrático na bolsa de valores, somente por meio da IPO (Inicial Public Offering ou Oferta Pública Inicial) começa a se desmistificar. A modalidade que financia o crescimento ou lançamento de novos produtos de empresas estruturadas começa a dar espaço para uma novidade muito mais simples.
Nas tradicionais IPOs, para investir é necessário ser uma instituição, como um banco de investimento, fundos ou doações mútuos. Nem sempre o investimento é aberto ao público em geral. Restando à pessoa comum os tradicionais meios de investimento, como poupança, CDB, CDI e Tesouro Direto.
A ICO (Initial Coin Offering, que, em tradução livre, quer dizer Oferta Inicial de Moeda), chegou para democratizar o investimento para quem quer apostar em boas ideias ou empresas em fase embrionária. Nessa modalidade o processo fica muito mais simples e em conta para quem gostaria de entrar nesse mundo e também para quem desejar abrir o capital da sua empresa – caso ela ainda esteja na fase inicial – ou até se transformar em uma moeda digital.
Muitas moedas se iniciam com ofertas de valores de centavos. A lista abaixo mostra alguns exemplos:
- A Kucoin iniciou em torno de U$ 0,50 e chegou a valer U$ 19,00 em menos de três meses;
- A Tezos, começou com US 0,47 e chegou a U$ 11,21, no auge da valorização;
- A Kin, custava U$ 0,0001 e chegou a U$ 0,001434. Ou seja, com apenas U$ 1,00 de investimento inicial, era possível comprar 10.000 moedas;
- O Zigilua terá preço inicial de U$ 0,001, que significará 1000 moedas para cada dólar investido.
Acessível ao público
Apesar de aberto ao público em geral, as ICOs ainda têm um grande problema - difícil e arriscado para quem nunca comprou. Apesar de existirem milhares de moedas disponíveis ao público, o processo para adquiri-las normalmente envolve comprar bitcoin ou Ethereum para então comprar a ICO. Caso a pessoa deseje criar a própria moeda, como alguns famosos já o fizeram, o cenário é muito mais difícil e arriscado. É necessário conhecimento especializado em programação e segurança para fazê-lo.
A moeda digital Zigilua, com data de lançamento de sua ICO para 20 de Agosto de 2018, pretende mitigar esses problemas. Com a plataforma do Zigilua, qualquer pessoa poderá criar sua própria moeda em apenas alguns cliques. Famosos, Youtubers e influenciadores, através da plataforma, também poderão criar suas próprias moedas que poderão ser compradas por seus fãs. No modelo proposto do Zigilua, quanto mais pessoas comprarem a sua moeda, mais ela se valoriza.
Para instituições filantrópicas, que fazem parte do público alvo do Zigilua, a criação da moeda é especialmente atraente. Muitas pessoas desejam ajudar de alguma forma uma instituição, mas não sabem como. A instituição, por sua vez, precisa recorrer a empresas terceirizadas para arrecadar esses fundos. Com a moeda, a instituição pode simplesmente emitir uma moeda institucional e os apoiadores poderão comprá-la, sem burocracia e sem necessidade de uma empresa específica.
Nem tudo são flores
O Zigilua não é perfeito e uma característica sua pode não ser interessante para os mais liberais. Enquanto a maioria das moedas digitais são criadas em uma blockchain descentralizada, sem um órgão regulador operando, nem mesmo o governo fiscalizando, o Zigilua pretende fazer uso de uma blockchain própria e centralizada.
"O objetivo é a redução de custos”, explica Roger Sei, arquiteto de TI do projeto, "pois armazenar dados e realizar transações usando uma blockchain descentralizada envolve um alto custo com mineradores, que armazenam e realizam as transações". Já o Zigilua pretende cortar os custos com mineradores e repassar essa redução para os usuários da plataforma. Isso é bom para os usuários, mas ruim para quem gostaria de investir na mineração dos zigs.
"O Zigilua possibilita que pessoas comuns e instituições tenham a sua própria moeda e também possam vendê-la”, explica o Dr. Luis Fernando, idealizador do projeto. “Todas as pessoas devem ter chance de poder criar e investir em moedas, não apenas as grandes instituições, como é o caso hoje”, conclui.
Valores atrativos para aplicar
Ao contrário dos investimentos tradicionais, é possível aplicar valores considerados baixos para o mercado, com aplicações de apenas alguns dólares. Esse fator atrai os investidores que não possuem um capital grande para destinar a esse tipo de ação, além daqueles que tem um perfil de apostas em muitas ideias ou empresas, mas com um valor mais baixo em cada uma delas.
Todo investimento traz riscos. Quanto maior a possibilidade de retorno maior o risco. Assim, antes de decidir investir nas ICOs, sempre pesquise sobre a empresa, a proposta e a equipe técnica por detrás do projeto. Muitas moedas criadas simplesmente desapareceram após captarem grandes somas de dinheiro e outros projetos não cumpriram as promessas, fazendo os investidores perderem o dinheiro investido.
Não há dúvidas do grande potencial de retorno de investimento nas ICOs, mas, como nenhum investimento é 100% seguro, todo cuidado é essencial.
Links de algumas ICOs:
Website: https://ico.zigilua.com.br