RELEASES EMPRESARIAIS

TERÇA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2018 - Horário 15:21

Robotização de órgãos fiscalizadores incentiva o avanço do compliance na inciativa privada
Tecnologia /

Tecnologia robótica capaz de evitar a sonegação de impostos. Essa foi a solução encontrada por governos de vários países do mundo – entre eles, o Brasil – para resolver um problema sistemático e que se arrastava até pelo menos uma década atrás, atrasando o desenvolvimento de nações globalmente.

Sonegação de impostos e evasão de divisas, crimes previstos em lei no País desde 1986, começaram a ser fortemente combatidos por órgãos como a Receita Federal e o Banco Central do Brasil, que utilizaram uma das iniciativas consideradas mais eficientes para garantir a integração e o cruzamento de informações.

Para isso foi necessário que o poder público investisse na digitalização do banco de dados e adoção de sistemas e procedimentos que cruzam o conteúdo declarado por pessoas físicas e jurídicas, lançando mão de plataformas tecnológicas capazes de processar informações – algo que décadas atrás era feito de forma totalmente analógica e segregada.

Os movimentos da esfera pública são ações com o intuito de tapar o ralo estimado em quase meio trilhão de reais em impostos que deixam de ser recolhidos todos os anos, segundo estimativas do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz).

“Funcionou bem e foi eficaz para o ente público, as empresas se adequaram e perceberam que não teria porque ser diferente no ambiente privado”, explica Vanessa Mello, diretora de Client Legal Compliance Operations (CLCO) da TMF Brasil. Segundo a executiva, “a adoção de sistemas integradores levaram para dentro das organizações novas práticas capazes de fiscalizar não apenas os processos internos mas também a conduta, a ética e o cumprimento de etapas obrigatórias em cada setor”, completa.

O caminho a ser trilhado, contudo, ainda parece longo. Entre 40% e 45% das empresas formais do Brasil não têm uma metodologia de conformidade madura ou mesmo não adotam processos de compliance nenhum, apesar de a preocupação crescente com o assunto, segundo avaliação de entidades do setor, como o Instituto Compliance Brasil.

“A adoção em massa de plataformas capazes de automatizar e integrar o cadastro, processamento e a checagem de informações disparou na última década, puxada principalmente pelas exigências do poder público. Mas o investimento das organizações privadas para levar isso portões adentro ainda engatinha. O mercado espera que os resultados positivos colhidos pelo poder público aumentem conforme mais órgãos e mais dados são integrados, ao passo que cada vez mais companhias passam a adotar metodologias, processos e sistemas de compliance, revelando resultados igualmente animadores”, conclui Vanessa Mello, diretora de CLCO da TMF Brasil.



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