RELEASES EMPRESARIAIS

TERÇA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2018 - Horário 16:04

De US$ 49 milhões a US$ 104 bilhões: por que a economia dos dados cresce e como vivenciá-la
Negócio / A chamada Analytics Economy, modelo em que decisões de negócios são tomadas com base em dados, promovendo uma evolução na utilização do Big Data, é uma tendência em crescimento, tornando-se plena realidade em diversos mercados, incluindo o Brasil: uma pesquisa da consultoria global Frost & Sullivan mostra que, dentre os mercados latino-americanos, o brasileiro é líder em tecnologias para análise de informações e aplicação às estratégias corporativas.

Já em âmbito mundial, o estudo mostra que os investimentos em soluções de software, hardware e serviços para análise e utilização de dados nas corporações movimentaram em torno de US$ 49 milhões só no ano passado. A previsão da consultoria é de que este número aumente para US$ 104 bilhões em oito anos.

"Decisões baseadas em dados ajudam a resolver problemas com mais assertividade. Big Data, Business Analytics, IoT, Data Science, Machine Learning e Inteligência Artificial são todas tecnologias focadas em dados, e seu uso permite gerar, processar ou transformar esta informação", avalia Roberto Mazzilli, diretor de Relações com Instituições de Ensino do SEPRORGS.

Ainda segundo o especialista, as tecnologias citadas apoiam sobremaneira a melhoria da performance organizacional, agilizando processos e descobrindo informações ao computar uma grande massa de dados.

Entretanto, para Mazzilli, uma dúvida ainda reside: por que não trazer esta cultura orientada a dados do universo corporativo para o convívio social?

"É possível alcançar este cenário. Pode-se, por exemplo, usar a cultura de dados para ter uma maior transparência ao lidar com problemas cotidianos de uma cidade, estado ou país. Os cidadãos devem cobrar das organizações públicas a divulgação de dados abertos atualizados, de fácil acesso, para que os cidadãos acompanhem andamentos e soluções. Tendo as informações, as pessoas e os órgãos administrativos e de prestação de serviços podem usá-las, entregando mais qualidade", complementa o diretor.

O gestor cita, ainda, o uso dos dados no âmbito político, no sentido de angariar transparência e segurança a processos eleitorais e demais conduções desta área. Outro campo de aplicação é o setor de empreendedorismo. "Por que não criar competições de startups, para que criem projetos baseados em dados para auxiliar nas demandas e problemas da sociedade?", questiona Mazzilli.

Ainda de acordo com o especialista, o importante não é a ordem de adoção da inovação, mas sim que ela aconteça, com uma "pequena revolução cultural de cada cidadão", baseada em dados e fatos para gerar resultados transformadores e, por fim, trazer mais certezas e evolução à sociedade.
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