RELEASES EMPRESARIAIS

SEGUNDA-FEIRA, 10 DE DEZEMBRO DE 2018 - Horário 12:13

O empreendedor negro agora tem aceleração, ensino e investimentos para tirar seus planos do papel
Negócio /

O Empreendedorismo brasileiro movimenta cerca de R$ 1 trilhão em renda própria anualmente . O número é expressivo, porém, quando segmentado por cor ou raça, quase 70% dos empreendedores negros ficam de fora dos investimentos [Fonte: http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2018/05/30/afro-empreendedores-tem-dificuldade-em-conseguir-investimentos.html  /  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)]. Mas, qual seria o motivo para esse público não acessar os mesmos investimentos em dinheiro, conhecimento e capacitação que empreendedores brancos?

Inquietos com essas questões, os irmãos Thaís, Esthela e Túlho Costa idealizaram a primeira empresa de gestão e investimentos em Private Equity voltado para empreendedores negros no Brasil. A Black Equity nasceu em 2012 com a intenção de fortalecer e estimular esse segmento e mostrar que é possível alcançar novos patamares no mercado com apoio financeiro, cursos e mentoria especializada.

Segundo a CEO Thais Costa, a Black Equity já investiu ou aportou cerca de R$ 3 milhões em empresas só este ano. “Nós buscamos projetos de empreendedores negros e startups para acelerar, ensinar e investir na caminhada por essa trilha tão difícil que é tocar um negócio no Brasil”.

O que é Private Equity?

Traduzindo do inglês, capital privado é uma atividade financeira em que uma empresa gestora investe ou compra uma parte de uma outra empresa que possui potencial de mercado. Esse investimento contribui não apenas para o lado financeiro, mas, também, na gestão ativa do negócio na busca pela valorização da empresa no mercado.

 

A BUSCA PELO MELHOR CAMINHO

Para Thais, a vantagem desse negócio para o empreendedor negro é não estar sozinho. “O maior problema para quem entra nesse ramo é a solidão. O empreendedor solitário arrisca sem contar com ninguém e entra em uma jornada de incertezas. O apoio de uma mentoria, cursos e investimentos pode traçar novos rumos sem cometer os mesmos erros de outros que já passaram por este caminho. A Black Equity dá esse apoio também para os projetos recusados que podem passar por novas avaliações no futuro”, explica.

A empresa se especializou no mercado segmentado para negros e essa é outra vantagem. “Entendemos os anseios de um empreendedor comum, mas entendemos muito mais as preocupações e as dificuldades que o empreendedor negro tem. A Black Equity é um divisor de águas para esse público voar alto e ter as mesmas oportunidades no mercado brasileiro e, porque não, no mercado internacional”. Afinal, os irmãos Costa estão em negociação com um fundo de investimento africano que enxergou a empresa como uma possibilidade de negócio. “Se nós conseguimos ser notados pelo mercado internacional, todo mundo pode”, acredita Esthela, a CPO da Black Equity.

 

UM PROPÓSITO DE VIDA

O judô é uma prática da família Costa e os irmãos levam muito à sério os ensinamentos da arte marcial baseada no Dantotsu. A palavra, traduzida do japonês, quer dizer lutar para se tornar o melhor dos melhores procurando, encontrando e superando os pontos fortes dos concorrentes. “Ou seja, no mundo dos negócios, precisamos estudar, persistir e fazer mais do que esperam do nosso trabalho. Por isso, temos um processo rígido de avaliação”, pontua Túlho, o CFO da Black Equity.

A Black Equity virou um propósito de vida para os irmãos Costa. “É o que nos faz acordar todo o dia para trabalhar e ajudar a fortalecer o empreendedorismo negro. É possível ter uma Wakanda no Brasil”, diz Thais, que faz referência ao filme “Pantera Negra”, da Marvel.

Inclusive, a marca da Black Equity é um elefante feito em origami e tem muito simbolismo para o trio. “Ele representa uma manada, que está sempre em família, um ajudando o outro em seu crescimento individual e coletivo. Um elefante só se afasta quando pressente a morte. E é isso que acontece com o empreendedor que não busca conhecimento, ajuda e parceiros. Já o origami é feito com dobraduras e, se for desfeito, o papel fica com as marcas. Toda a decisão tomada por um empreendedor também deixará marcas em sua empresa”, explica Esthela.

“Somos idealistas e juntos sabemos que somos mais fortes. Ninguém cresce sozinho e a nossa missão com esse negócio é fortalecer o mercado para o empreendedor negro, porque é necessário”, finaliza Thais.



Website: http://www.blackequity.com.br
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