RELEASES EMPRESARIAIS

SEGUNDA-FEIRA, 10 DE DEZEMBRO DE 2018 - Horário 13:17

Livro retrata lições de mais de cinco décadas de jornalismo
Arte e Entretenimento / Colunista, repórter, empresário e criador de revista, Paulo Cesar de Oliveira lança hoje, 10 de dezembro, a partir das 19h no Buffet Catharina seu terceiro livro: "De tudo que eu vi". A editora José Olympio presente no mercado desde 1931, referência no mercado editorial brasileiro, e que integra o Grupo Record, é a responsável pelo lançamento.

O livro que tem 264 páginas é dividido em quatro grandes campos: água, fogo, ar e terra, uma referência aos quatro elementos básicos da natureza, criado pelos antigos filósofos pré-socráticos. "De tudo que eu vi" levou cerca de dois anos para ser escrito e teve, assim como no "Minha Palavra", a colaboração do jornalista Eduardo Murta, amigo de longa data do autor, que foi responsável pelas pesquisas do livro e edição final.

O elemento água inicia o livro apresentando a trajetória de Paulo de forma linear, destacando acontecimentos importantes em todos os seus ciclos de vida. Entre os destaques, o resgate histórico de Belo Horizonte e até do país, com recortes de várias épocas. "Fiz pesquisa coluna a coluna em todos os veículos que o Paulo trabalhou dos anos 70 até hoje", conta o jornalista Eduardo Murta.

O fogo é o campo político, área sempre presente na vida profissional de Paulo como repórter e colunista e que revive os bastidores de várias décadas e também a convivência do autor com os principais personagens da política do país, e os furos jornalísticos revelados. "Hoje não tem mais furo. Com a internet o furo é algo raro. Mas no livro conto como consegui dar notícias em primeira mão, a maioria delas, por ter fontes, que viraram amigos, de confiança". Entre os exemplos, uma nota, dois anos antes, da transição do governo Ernesto Geisel que afirmava que João Figueiredo seria um dos mais cotados para ser indicado como o novo presidente, o que se confirmou. "Eu relato estes bastidores, que as pessoas não tem conhecimento, pois muitas vezes eu ficava sabendo de notícias muita antes de divulgar, e as guardava só para mim, até poder dar a notícia". Entre os exemplos marcantes, Paulo Cesar cita que quando Tancredo Neves foi eleito governador de Minas passado três meses de seu mandato, ele deu a notícia de que ele seria candidato a presidência da república. "Ele me chamou em sua sala e disse que de certa forma eu o teria ajudado a ser governador, através das minhas colunas, mas que agora, se eu quisesse que ele fosse presidente da república eu não poderia falar sobre o assunto. Porque uma notícia sobre este assunto naquele momento poderia atrapalhar". Paulo Cesar lembra exatamente da fala dele "Na hora certa eu te conto".

O lado espiritual, pouco partilhado por ele em seus dois outros livros, também surpreende, representado pelo elemento ar. Entre as curiosidades, Paulo Cesar revela que é ecumênico e relembra histórias da infância quando foi desenganado pelos médicos, quando teve uma grave anemia. "Na minha visão todas as religiões querem o bem. Na verdade, eu sempre gostei do lado espiritual, não tenho estudo sobre o assunto, mas isso aflora muito em mim. Por isso dediquei algumas páginas sobre o assunto".

Uma das essências do autor em seus mais de 50 anos de jornalismo é o networking. Paulo Cesar sempre conseguiu reunir empresários, políticos, esportistas, influenciadores de destaque em eventos, premiações, entre outros, e que já geraram muitos negócios. "Eu sempre gostei de receber. Principalmente, na minha casa para jantares. Acabei transformando essa paixão no Conexão Empresarial que completa este ano dez anos. Na época levei essa ideia para o então presidente da Usiminas, Antônio Castelo Branco, que apoiou prontamente e viu a importância destes encontros para Minas. Hoje, a Usiminas, através de seu presidente atual, Sérgio Leite, continua apoiando o Conexão

A publicação apresenta ainda depoimentos de pessoas próximas ao Paulo, seja do círculo familiar, político e empresarial, dando ao leitor a possibilidade de conhecer o autor pelas palavras e histórias de outras pessoas. "Com este livro eu quero transmitir um pouco da minha vida, do que eu sou, do que eu escrevi e do que eu vi nestes 50 anos de jornalismo", define.
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