TERÇA-FEIRA, 11 DE DEZEMBRO DE 2018 - Horário 13:21
Preço do leite ao produtor cai 2,4% em outubro
Software / Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), o custo do leite transmitido pelo produtor no mês de setembro, para pagamento em outubro, sofreu mais uma queda pelo segundo mês consecutivo.
O estudo feito pela instituição apontou que a "Média Brasil" líquida referente ao mês de outubro desse ano foi de R$ 1,4401/litro, com retração de 3 centavos (2,4%) na comparação com o mesmo período do ano de 2017.
Mesmo assim, a média do mês de outubro ficou em 37,6% acima do mesmo período do ano passado. Já no acumulado de janeiro a outubro, o valor ao produtor registra aumento de 39,3% em comparação ao período anterior.
De acordo com os pesquisadores do Cepea, a baixa do preço do leite em outubro seguiu ligada ao consumo de lácteos, o que esteve agregado a uma demorada recuperação econômica. Indústrias e atacados contam que é necessário exercer promoções para garantir liquidez.
Os dados do Cepea mostram que o leite UHT agenciado entre indústrias e mercados atacadistas do Estado de São Paulo caiu 4% no período de setembro a outubro. Mesmo com as vendas enfraquecidas, funcionários dizem que os estoques estão baixos, o que paralisou a queda do mês, portanto, de agosto para setembro houve um recuo de 6,6%.
Cepea conta com índice de captação leiteira em alta de 2,8% na média Brasil
Os dados levantados pelo Cepea mostram que o retorno das chuvas colaborou para a elevação da pastagem, o que fortaleceu a produtividade em diversas bacias leiteiras e forçou as cotações nos campos. Mesmo com o aumento do volume à disposição, a oferta segue sem estar tão alta.
Segundo os pesquisadores, a competitividade entre as indústrias de laticínios inviabilizou quedas mais altas de preços neste mês. O estudo ainda mostra que o Índice de Captação Leiteira do Cepea (ICAP-L) teve alta de 2,8% na "Média Brasil".
Quanto ao médio prazo, os pesquisadores afirmam que a esperança dos negociadores do setor é que a ação de queda permaneça nos próximos meses. Eles dizem que o crescimento da oferta precisa pesar mais no processo de criação de preços ainda no mês de novembro, com o fortalecimento do período de chuvas e promoção das pastagens.
Os funcionários do Cepea aguardam maiores quedas das cotações para o mês de novembro e dezembro, com chances de alcançar os patamares que foram registrados no ano de 2016 em termos reais.
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