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TERÇA-FEIRA, 11 DE DEZEMBRO DE 2018 - Horário 17:52

Setor logístico e de transportes aposta em tecnologia e prevenção contra o roubo de cargas
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A criminalidade nas estradas brasileiras vem obrigando o setor logístico a investir alto em segurança. Um levantamento do Comitê de Transporte de Cargas do Reino Unido, o Joint Cargo Committee, revelou que o Brasil é um dos países mais perigosos e arriscados para o setor de transportes, com um cenário mais crítico, inclusive, do que regiões em conflito como a Síria, a Líbia e o Afeganistão.

A realidade enfrentada por transportadores, embarcadores, gestores logísticos e motoristas que atravessam o país para distribuir suas mercadorias eleva também os custos, que subiram R$ 15,5 bilhões entre 2015 e 2017 conforme estudo da Fundação Dom Cabral. Em 2017, segundo o mesmo levantamento, as empresas brasileiras gastaram, em média, 12,37% do faturamento bruto com a gestão do transporte.

Para ajudar as empresas do setor logístico e de transportes a elevarem seus níveis de segurança em operações rodoviárias, a OpenTech – empresa especialista em gerenciamento de risco e gestão logística – apostou em tecnologia, conhecimento e prevenção contra o roubo de cargas.

O resultado não demorou a aparecer. De janeiro a julho deste ano, a incidência de roubo de cargas nas operações dos clientes da OpenTech teve queda de 34,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. Se consideradas somente as atividades em estradas do Rio de Janeiro – onde as ocorrências aumentaram quase 200% nos últimos quatro anos, segundo dados da própria Secretaria de Segurança Pública fluminense – a redução no número de sinistros nas viagens gerenciadas pela OpenTech foi de 44,5%.

De acordo com o diretor da empresa, Diego Gonçalves, o desempenho positivo nas operações monitoradas pela OpenTech se deve a ações preventivas e ao uso de tecnologias. “Temos 20% das nossas viagens mensais dentro do Rio de Janeiro ou com origem e destino no estado e, com isso, acumulamos experiência sobre o perfil das ocorrências de roubo”, comenta.

A inteligência aplicada no campo pela equipe da OpenTech, continua Diego Gonçalves, tem ajudado a estabelecer com mais assertividade os horários de embarque e desembarque, rotas alternativas e a utilização de áreas de apoio aos veículos.

“A análise preditiva realizada pelo nosso software é capaz de perceber se uma carga está sujeita a roubo e nos levar a agir em questão de minutos. Isso tem potencializado a chance de recuperação em operações geridas na Open UTI, célula especializada para operações de alto risco, onde o índice de recuperação de cargas é maior do que 50%”, explica o diretor.

Com mais de 10,5 mil casos registrados em 2017, o equivalente a um roubo a cada 50 minutos, o Rio de Janeiro passou a ser considerado um dos estados mais críticos do país para o setor logístico. As áreas mais suscetíveis são as rodovias Washington Luiz e Presidente Dutra, entorno do Parque Columbia, no bairro da Pavuna, Complexo da Pedreira, Complexo do Chapadão e Avenida Brasil.

Embora prefiram os produtos com maior valor agregado, como alimentos, bebidas, eletrônicos, insumos agrícolas e medicamentos, as quadrilhas que atuam no Rio de Janeiro deixaram de concentrar sua atuação em itens específicos. Em alguns casos, os veículos são abordados sem que os assaltantes saibam qual é o tipo de carga que está sendo transportada.

Estatísticas da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro apontam crescimento de 86% no roubo de cargas entre 2011 e 2016. A média, superior a 22 mil casos por ano, revela também outro dado preocupante: o prejuízo causado pela insegurança nas estradas chegou a R$ 6,1 bilhões no período.  Sem falar na velocidade com que a incidência do crime aumenta em algumas regiões: em 2011, pouco mais de 25% dos casos ocorreram no Rio de Janeiro. Em 2016, o percentual já chegava a 43,7%.

Em função da “epidemia de roubo de cargas” no Rio de Janeiro, transportadoras deixaram de realizar entregas na região ou passaram a cobrar a chamada “taxa de emergência”, uma forma de cobrir os custos elevados com seguro e apoio operacional. A medida elevou os gastos com transporte e teve reflexos também no bolso dos consumidores finais, que passaram a arcar com parte do prejuízo na hora de fazer suas compras.

Atualmente, a OpenTech gerencia cerca de 300 mil viagens por mês e mais de 150 mil cadastros de veículos e motoristas. Com sede em Joinville (SC), a empresa investe 15% do faturamento anual em pesquisa e desenvolvimento.



Website: http://www.opentechgr.com.br
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