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QUARTA-FEIRA, 2 DE JANEIRO DE 2019 - Horário 10:40

Trader faz balanço do mercado de bitcoin e criptomoedas
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O ano de 2018 se encerrou, e para quem investiu em moedas digitais, muitas coisas aconteceram. O bitcoin, a criptomoeda mais famosa, completou 10 anos no mesmo ano em que sofreu inúmeras quedas. No início de dezembro, a moeda teve a maior perda do ano, sendo negociada próximo aos US$ 3.300. A queda já chega a -83% desde o topo histórico, atingido em dezembro de 2017, quando era negociada por U$ 19.551. Em 2018, o acumulado negativo é de -75%, e o mês de novembro registrou a maior desvalorização mensal dos últimos sete anos.

Quem analisa esses números pode até pensar que o mercado de criptomoedas está com os dias contados e que não tem muito no que investir. Mas o CEO da Trader Group Investimentos, Wesley Binz, afirma que a realidade é outra, e frisa que o bitcoin é apenas uma parte do mercado de moeda digital, e este mercado está cada vez mais sólido.

“Por ser a pioneira, e a mais famosa, é natural que o bitcoin chame mais atenção, mas o mundo de criptomoedas é bem maior e está cada dia mais fortalecido. É um caminho sem volta”, explica Binz, que é trader especializado em investimentos de alta volatilidade.

E os dados do Coinlib, maior indexador de criptomoedas do mercado, confirmam o trader. Até o dia 20 de dezembro deste ano, haviam mais 5440 criptomoedas registradas no mundo. No mesmo período do ano passado, eram aproximadamente 1400 criptomoedas. O crescimento é constante. E o resultado? É que diariamente, o mercado digital avança e passa a fazer parte do dia a dia das pessoas.

De acordo com o mapa interativo coinmap.org, que mapeia os estabelecimentos que trabalham com moedas digitais, no mundo mais de 11 mil já aceitam essa forma de pagamento, sendo que no Brasil são mais de 150 estabelecimentos.

No dia 20 de dezembro, a notícia que se destacou na agência de notícias Bloomberg foi a de que, em 2019, o Facebook está desenvolvendo sua própria criptomoeda para ser usada dentro do WhatsApp. A empresa não confirmou, mas um porta-voz do Facebook disse que a empresa está sempre “explorando maneiras de alavancar o poder da tecnologia blockchain” e que a equipe está explorando diversas possibilidades de aplicações diferentes, mas ainda não tem nada para anunciar.  Ou seja, mesmo que passando de especulação, o fato é que já estão pensando no assunto.

Wesley Binz destaca informações do Brasil de que, em Rio das Ostras, litoral do Rio de Janeiro, o Oásis Supermercados passou a aceitar criptomoedas como meio de pagamento desde 18 de dezembro. Informações do Portal do Bitcoin afirmam que o estabelecimento da cidade litorânea aceita bitcoin, litecoin e bitcoin cash diretamente nos caixas do supermercado. “Para isso, o cliente diz qual criptomoeda vai usar para pagamento, o operador digita em reais e o sistema já converte naquela criptomoeda. Depois basta aproximar o QR code e pronto. É mais uma confirmação de que o mercado está mudando e é uma realidade”, afirma o trader.

O ano de 2018 foi sim de muitas mudanças para o mercado de criptomoedas, e toda a oscilação do bitcoin mostra um amadurecimento do mercado, que ainda é novo. “O bitcoin tem dez anos de criação, mas no mundo inteiro, apenas 2% da população mundial já fez algum tipo de negócio. É tudo recente e mesmo assim já tem uma grande proporção“,  explica Wesley Binz.

O trader finaliza, lembrando que o número de pessoas cadastradas em Exchanges no Brasil, negociando em moedas digitais, passa de um milhão, superando em mais de 400 mil o número de investidores cadastrados na B3, a Bolsa de Valores do país. “Esses dados são uma prova de que o mercado de criptomoedas veio para ficar e que se tornará parte do nosso cada dia”, ressalta Binz.



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