SEXTA-FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2019 - Horário 13:36
Diversidade de castas: Portugal é o terceiro país com maior diversidade em nível mundial
Negócio / Os vinhos portugueses têm conquistado os mais importantes mercados consumidores do mundo. Fato que não causa estranheza em razão dos números e das estatísticas que envolvem desde o cultivo das cepas à produção da bebida.
Naturalmente, a qualidade é, em si mesma, um elemento determinante, mas os níveis de produtividade e de regularidade que os vitivinicultores portugueses têm alcançado são de impressionar até seus maiores concorrentes no disputado mercado dos vinhos.
Terras e vinhas
O aproveitamento da extensão territorial de Portugal é outro ponto impressionante. Apesar de ser um país de pequena extensão territorial, as vinhas portuguesas atualmente representam 9% de toda a área de cultivo entre os países da União Europeia.
Esta mesma medição aponta Portugal como a quarta maior superfície no cultivo de uvas, num total de 239 mil hectares. As três primeiras colocações, por sua vez, representam quase três quartos de toda a produção europeia. Quais sejam, a Espanha com uma área de cultivo de 941 mil hectares, seguida pela França, 803 mil hectares, e pela Itália, responsável por 610 mil hectares.
Segundo dados do Eurostat, o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia, Portugal tem 212 mil estabelecimentos dedicados à exploração vitícola, enquanto a Espanha tem 518 mil.
Em relação à qualidade de seus vinhos, Portugal dedica 87,8% de todas as suas vinhas à produção de vinhos de qualidade, índice acima da média da União Europeia (78,2%).
Uvas portuguesas
Outro fato importante e impressionante é a grande variedade de uvas nativas das regiões portuguesas, e que raramente são encontradas em outras regiões. São mais de 280 tipos de uvas autóctones da classe de vitis vinifera, ou seja, uvas próprias para a produção de vinhos. Assim, as terras portuguesas estão como o terceiro produtor mundial com maior diversidade de castas autóctones.
Na grande diversidade de castas nativas portuguesas, destacam-se os aromas e sabores das uvas Touriga Nacional, Touriga Franca, Trincadeira, Aragonês, Baga, Castelão, Alvarinho, Arinto, Fernão Pires, Loureiro, Encruzado, Bical, Moscatel e Malvasia Fina.
Estas uvas são emblemáticas, sendo, entre muitas outras, responsáveis pelas mais reconhecidas características dos vinhos portugueses, tidos em seus aromas e sabores principais.
Enquanto outros grandes produtores mundiais, de forma geral, se destacam pela concentração em castas célebres como a Cabernet Sauvignon e a Chardonnay, os produtores portugueses proporcionam aos amantes de vinho uma imensa carta de possibilidades com vinhos varietais e blends, que trazem sabores e aromas de diversas cepas excepcionais e distintivas, cultivadas em terroirs únicos, como os das maravilhosas quintas que tomam lugar nas regiões do Dão, da Madeira, do Douro ou do Alentejo.
Além da grande variedade de castas autóctones, os terroirs portugueses permitem facilmente a adaptação de diferentes cepas de outras regiões, aumentando as possibilidades de vinhos celebrados mundialmente serem também produzidos com a tradição portuguesa.
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