RELEASES EMPRESARIAIS

SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2019 - Horário 11:19

Humberto Siqueira Nogueira explica a tecnologia atual dos paraquedas
Tecnologia / Os primeiros paraquedas da história foram criados ainda em 1738 pelo francês Louis-Sébastien Lenormand. Três séculos depois, a tecnologia foi aprimorada e os dispositivos são usados não somente para o uso recreativo ou desportivo, mas também em missões pelas Forças Armadas.

É possível encontrar o paraquedas em dois formatos: na forma redonda, em que ele acaba não oferecendo muita manobrabilidade, e na forma retangular, similar a uma asa de avião - neste formato, o dispositivo é totalmente manobrável e seguro. O paraquedista profissional [Humberto Siqueira Nogueira] (https://medium.com/@humberto_siqueira_nogueira/destaque-terra-b9782c3fb34e), que contabiliza mais de 1.700 saltos na carreira, conta a seguir quais os principais mecanismos que permitem o funcionamento desta grande invenção!

Entre as peças que compõem um paraquedas comum estão:

- Slider: serve para regular a velocidade de abertura do velame (a parte principal do paraquedas, formada pelas células de nylon que, infladas, formam a asa);

- Batoques: peças ligadas ao velame, usadas para "dirigir" os paraquedas. Quando o batoque direito é puxado para baixo, todo o paraquedas acaba sendo direcionado para este lado e vice-versa;

- Pilotinho: Grande parte dos paraquedistas (pelo menos aqueles que praticam o esporte profissionalmente), acabam acionando o paraquedas de forma manual. Entretanto, o chamado "pilotinho", que nada mais é que um paraquedas em miniatura, possibilita a abertura automática. Após ser solto, o pilotinho é inflado pelo ar e arrasta o paraquedas principal para fora da mochila;

- Drogue: Dispositivo com a função de ajustar a velocidade da queda livre do salto;

- Dispositivo de Abertura Automática (DDA): O dispositivo de abertura automática faz com que o paraquedas reserva abra automaticamente, se nenhum dos paraquedas (o principal ou o reserva) for acionado;

- Container ou Harness: Mochila que armazena os velames. O container conta com alças para mantê-lo firmemente agarrado no tronco e nas pernas do paraquedista. Dependendo do tipo de salto e do nível de experiência da pessoa, o peso do container varia de 7 a 14 quilos. Na mochila, são guardados os dois velames. O principal fica na parte inferior, enquanto o reserva fica alojado na parte superior.

Ainda, toda a estrutura conta com um cabeamento de aço flexível que aciona o paraquedas reserva, protegido por um conduíte. Isso evita que atritos acionem o equipamento acidentalmente.
Mas afinal, como funciona o paraquedas?

Humberto Siqueira Nogueira explicou que os velames possuem fendas na sua parte interna que garantem o formato de asa da estrutura quando o ar passa por ali, o que proporciona navegabilidade e dirigibilidade para o paraquedista, além de estabilidade. Toda essa estrutura é feita de fibras de nylon, um material extremamente resistente.

As linhas que unem os velames, também chamadas de linhas de sustentação, são costuradas e presas a pequenos espaços, garantindo segurança e força para o equipamento. Inclusive, o processo de fabricação do paraquedas é muito rigoroso, já que se qualquer defeito for encontrado em alguma das peças, todo o material é devolvido para a linha de produção.

Geralmente, o salto de paraquedas é realizado a 3,6 mil metros. Nesta altura, o corpo do atleta pode chegar a até 200 km/h. Quando o paraquedista atinge essa velocidade - o que geralmente acontece a 1,5 mil metros de altura, chega o momento de puxar o "pilotinho", que inicia o processo de abertura.

Esse dispositivo infla, puxa a bolsa do paraquedas armazenada no container e, na sequência, as linhas vão se soltando aos poucos. As linhas ficam amarradas por borrachinhas específicas, que ficam juntas à mochila. Nesta etapa do salto, o paraquedista diminuiu consideravelmente a velocidade, chegando a 30 km/h, até atingir o solo.

Outra etapa importante para que todo o processo aconteça de forma correta e segura, é a dobragem de paraquedas. Especialistas afirmam que a dobragem do equipamento deve ser feita em um local coberto, evitando superfícies abrasivas como o asfalto ou o cimento para que o tecido não seja danificado. A dobragem do paraquedas reserva, por exemplo, tem uma validade de até seis meses.

Gostou de saber um pouco mais sobre o funcionamento do paraquedas e sobre o mundo do paraquedismo com o conhecimento de Humberto Siqueira Nogueira? O paraquedista tem perfil no [Instagram]( www.instagram.com/humbertosnogueira), no [Twitter](www.twitter.com/humberto_csn), no [Flickr](www.flickr.com/photos/humberto-siqueira-nogueira) e no [Pinterest](br.pinterest.com/HumbertoSiqueiraNogueira).









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