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SEGUNDA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2019 - Horário 14:53

Movimento Quem Ama Não Mata apresenta palestra “As Ondas do Feminismo” com a professora e doutora Marlise Matos, dia 20 de maio no Teatro da Cidade
Arte e Entretenimento / Movimento Quem Ama Não Mata dá início ao Seminário "As ondas feministas no Brasil e no mundo: desafios políticos e culturais para o século XXI" "Leituras & Ações Feministas" vai mostrar a empolgante trajetória de lutas, a singular e rica diversidade feminista das brasileiras e a transversalidade política do feminismo, na atualidade.

O Movimento Quem Ama Não Mata (QANM), dando prosseguimento às suas atividades político-culturais contra toda forma de violência à mulher, realiza o Seminário Leituras & Ações Feministas, uma (re) aproximação das ideias, reivindicações e ações do feminismo desde o século XIX, até os dias de hoje.

A abertura do Seminário acontece 20 de maio, segunda-feira, às 19h, no Teatro da Cidade (Rua da Bahia, 1341, Centro), com a palestra "As ondas do feminismo", da pesquisadora e cientista política da UFMG, Marlise Matos, com entrada gratuita.

A palestra com a doutora em Sociologia, Marlise Matos, que também coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (NEPEM) e o Centro do Interesse Feminista e de Gênero (CIFG) da UFMG, vai abordar as diversas teorias feministas e os desafios para o enfrentamento das questões de gênero, diante de um eminente desmonte de conquistas históricas dos direitos humanos.

"A indignação com a situação da mulher na sociedade, principalmente com relação ao feminicídio, é um primeiro passo", afirma a jornalista Mirian Chrystus, coordenadora do QANM. "Mas o passo seguinte deveria ser a compreensão do fenômeno, porque acontece". Para ela, a situação de desigualdade social e econômica da mulher na sociedade patriarcal e violenta explica muito do que acontece. E é contra esta situação de inferioridade que o feminismo se insurge no século XIX, com as sufragistas reivindicando o direito ao voto e ao acesso à educação. Desde então, explica Mirian, o feminismo vem reivindicando sucessivamente políticas públicas de segurança e de saúde e, nos últimos tempos, chamados de quarta onda, a luta é por respeito às diferenças de sexo, raça e cor - as denominadas lutas identitárias, o feminismo negro, indígena, cristão e outros.

É a chamada transversalidade do movimento, que une questões do feminismo interseccional, ou seja, de raça, de credo e de classe: "Temos, hoje, vários feminismos", completa a coordenadora, que enfatiza a importância do Seminário em um momento político no qual a temática é "desaconselhada" por integrantes do atual governo. "A luta das mulheres sempre foi política e será cada vez mais, não há como evitar, as coisas sempre estiveram entrelaçadas. Por isso, mais do nunca, urge refletirmos sobre as questões de gênero no país", conclui a ativista feminista do QANM.

Assim, o QANM é um movimento mineiro que surgiu em 1980, de um ato público no adro da Igreja São José, em Belo Horizonte, o qual resultou na criação do Centro de Defesa dos Direitos da Mulher. Foi reeditado em agosto de 2018, com outro ato político, na Praça Afonso Arinos, região central da capital, em decorrência do aumento de feminicídio no estado e, desde então, vem ganhando, novamente, repercussão local e nacional, com exposições, aulas, mostras, poesias feministas, teatro, seminários, grupos de estudo e atividades político-culturais.

Ingresso: gratuito, sujeito à lotação de espaço, pelo Sympla
https://www.sympla.com.br/seminario-leituras--acoes-feministas__528269?fbclid=IwAR29LitzhI0kS4XcrWqkJNLh2vjJVLDiyTaUx1T603G4cn8BjGAH1AO8-w8


Website: https://www.youtube.com/watch?v=TVeyLz9A2M0
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