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SEGUNDA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2019 - Horário 16:27

Dificuldade financeira é a principal preocupação do brasileiro relacionada à saúde após os 70 anos, revela pesquisa DATAFOLHA
Ciência & Saúde / A preocupação com dificuldades financeiras para custear medicamentos e tratamentos médicos ao alcançar 70 anos é ainda maior entre mulheres, pessoas na faixa de 25 a 34 anos atualmente, com nível superior, das classes econômicas A/B e C, e moradores de regiões metropolitanas.

Câncer e dificuldades de locomoção (decorrentes de problemas na "coluna") aparecem como a segunda e terceira maiores preocupações do brasileiro ao alcançar 70 anos.

O objetivo da pesquisa foi aferir a percepção do brasileiro sobre temas relacionados à saúde, considerando o aumento da expectativa de vida e o avanço da medicina. A pesquisa tem apoio da biofarmacêutica global AbbVie.


A dificuldade financeira para compra de remédios e tratamentos de saúde é citada como a principal preocupação da população ao atingir 70 anos. Esta preocupação é maior entre mulheres (26 por cento vs. 19 por cento de homens), população de regiões metropolitanas e economicamente ativa (PEA). Já entre a população de menor escolaridade (até ensino fundamental) e menor renda (classes D/E), a preocupação com a questão financeira em relação aos cuidados com a saúde é menor.

Entre os entrevistados até 44 anos de idade, com ensino médio e da classe C, câncer é a maior preocupação ao atingir 70 anos. Isso independe da pessoa possuir ou não plano privado de saúde ou convênio.

Estes são alguns dos resultados da pesquisa "Percepção dos Brasileiros sobre Temas de Saúde", conduzida pelo Instituto Datafolha, entre 3 e 9 de abril, com 2087 pessoas entrevistadas, a partir de 16 anos, de todas as regiões brasileiras. Do total de pessoas ouvidas, 68 por cento são economicamente ativas, 20 por cento assalariadas (com registro),
11% desempregados a procura de emprego e 11 por cento vivem na informalidade.

Quem cuida da saúde da população - Do total de 2087 entrevistados, 73 por cento não possui plano de saúde privado ou convênio. Dos 27 por cento que contam com um plano de saúde privado, quase metade (47 por cento) tem ensino superior, é classe A/B, vive no Sudeste, em regiões metropolitanas. No total, são cerca de 119 milhões de brasileiros, com 16 anos ou mais, sem plano de saúde.


Pesquisa realizada pelo Datafolha, entre 11 e 18 de dezembro de 2017, demonstrou que 39 por cento dos entrevistados atribuem a si mesmos a responsabilidade pela sua própria saúde. Quando estimulados a apontar outros responsáveis; citam médico, governo, família e plano de saúde. Esta pesquisa também contou com apoio da AbbVie.

Quando perguntada sobre a possibilidade de ser tratado com os mais avançados medicamentos e tratamentos médicos, 52 por cento acredita que têm um bom ou total acesso, enquanto 48 por cento acredita ter pouco ou nenhum acesso ao que existe de melhor na medicina.
• É maior a percepção de total acesso hoje, entre os mais velhos (60 anos ou mais), e entre aqueles com menor escolaridade (Fundamental).
• Entre os mais jovens (16 a 24 anos), aqueles com ensino superior, os das classes A/B, e aqueles que têm plano de saúde, é maior a percepção de bom acesso hoje.
• A percepção de nenhum acesso hoje é maior entre os brasileiros das classes D/E, entre os com menor renda (até 1 salário mínimo), e entre aqueles com menor escolaridade (Fundamental).
• A maioria dos entrevistados da classe C tem percepção de baixo acesso. Quando perguntados sobre o futuro, a percepção de baixo acesso não muda para 34 por cento da população, pois acredita que continuará com baixo ou nenhum acesso.

Fontes de Informação - Médicos são apontados como a principal fonte de consulta sobre saúde, seguido do Google e os grandes portais de notícias. Segundo análise do Datafolha, a possibilidade de acesso a essas fontes parece relevante entre as pessoas com mais escolaridade e renda, que tendem a acionar mais fontes do que os menos instruídos e os com baixa renda.

Já o Facebook aparece como fonte de informação para 15 por cento dos entrevistados, no entanto, apenas 2 por cento o consideram uma "fonte confiável". A mesma confiabilidade é atribuída às informações sobre saúde circuladas no WhatsApp.

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