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SEXTA-FEIRA, 7 DE JUNHO DE 2019 - Horário 16:38

Grupo de estudo multidisciplinar discute Transtorno do Espectro Autista no ambiente escolar
Educação / No Brasil, assim como em países de baixa e média renda a prevalência ainda é desconhecida. Mas existem estudos epidemiológicos realizados nos últimos 20 anos que afirmam que o diagnóstico de pessoas com TEA aumentou no mundo todo. Há muitas explicações para isso, incluindo o aumento da conscientização sobre o tema, a expansão dos critérios diagnósticos, além da melhora nas ferramentas que diagnosticam o transtorno. "O autismo, ou Transtorno do Espectro do Autismo, é um transtorno do neurodesenvolvimento de origem biológica que se caracteriza pela presença de prejuízos na interação social, da comunicação, com a presença de movimentos repetitivos e estereotipados, além de desajustes sensoriais, tudo isso com início precoce" explica a pedagoga Renata Haddad, especializada em TEA e Distúrbios do desenvolvimento.

O TEA possui diversos níveis, dos mais leves aos mais graves, e as intervenções precoces são as melhores alternativas para que o indivíduo tenha uma vida autônoma e independente. São nos primeiros meses de vida que as crianças começam a apresentar as características do autismo. " Essas características muitas vezes passam desapercebidas pelos pais e cuidadores e só serão levadas em consideração quando a criança ingressar na escola", acrescenta Renata.

O professor tem uma parcela fundamental no processo até o diagnóstico. Muitas vezes é o educador que primeiro chama a atenção da família para algum atraso no desenvolvimento de seu aluno e se essa criança apresenta algum comportamento atípico. A partir do possível diagnóstico, a escola se torna uma das protagonistas do auxílio à família. "Muitas dúvidas surgem por parte dos pais, cuidadores, professores, bem como toda equipe pedagógica precisam estar alinhados com os médicos e especialistas e conhecer o transtorno e suas particularidades a fundo".

Renata Haddad vai coordenar grupos de estudos, reunindo os profissionais dessas áreas, para discutir mais detalhadamente a questão do TEA no ambiente escolar. O primeiro encontro está marcado para os dias 03 e 04 de junho, na Pluralità, uma assessoria de educação inclusiva que capacita profissionais para lidar com alunos com esses transtornos. O processo de aprendizagem para um indivíduo autista pode ser mais demorado e doloroso do que para um indivíduo de desenvolvimento típico, pois seu funcionamento cognitivo é singular. "O autismo requer das escolas estudo, preparação e dedicação, para que a inclusão seja feita de maneira eficaz. A capacitação dos profissionais envolvidos é a principal arma para uma educação inclusiva de qualidade", conclui a especialista.

Website: https://pluralitaassessoria.com.br/
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