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QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2019 - Horário 13:20

Segurança e acolhimento são fundamentais para a qualidade do atendimento médico
Ciência & Saúde / Em abril desse ano, cerca de 20 mulheres relataram ter sido vítimas de abuso sexual por parte de um ginecologista obstetra durante as consultas médicas, na cidade de Vitória da Conquista, região sudoeste da Bahia. Os crimes, segundo a polícia, teriam ocorrido entre 2018 e 2019. Somente na região de São Paulo, por exemplo, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) registrou 58 denúncias de abusos e assédios envolvendo 45 profissionais médicos da região, em 2018. Não há dados disponíveis no DF pelo CRMDF.

Embora o registro oficial possa parecer baixo em um universo de 143 mil profissionais que atuam somente no Estado de São Paulo, os números têm chamado cada vez mais a atenção de clínicas e hospitais com o compromisso de oferecer um atendimento mais seguro e protetor aos pacientes. É o caso da maior clínica de Reprodução Humana do Distrito Federal - a FertilCare - que tem adotado medidas e incentivos de transparência e acolhimento durante todo o processo de atendimento.

Mas, afinal, como as pacientes podem se proteger e denunciar, imediatamente, casos de tentativas e abusos durante exames e procedimentos médicos? A diretora e especialista em Reprodução Humana da clínica FertilCare, Dra. Carla Maria Martins explica: "a paciente deve verbalizar de imediato qualquer desconforto ou incômodo aos profissionais que estão lhe atendendo ou acompanhando. Solicitar esclarecimento ou mesmo interrupção do procedimento caso note algo fora do que foi explicado ou consentido, é fundamental!", afirma.

Segundo a especialista, há uma grande preocupação dos profissionais de saúde em manter a privacidade da paciente e o total acolhimento durante as consultas e exames. "Procedimentos invasivos, por exemplo, requerem a aplicação de um termo de consentimento que é aplicado pelo profissional, onde é explicado os detalhes e solicitado o consentimento - por escrito - da paciente antes de serem realizados", afirma Dra. Carla Maria. Alguns procedimentos, segundo ela, requerem até mesmo a participação do cônjuge nos momentos de orientação e de concordância com os termos de consentimento.

A médica especialista em Reprodução Humana da FertilCare, Dra. Paula Brito, explica que a clínica disponibiliza pesquisa de satisfação do cliente nos consultórios e na recepção para que a paciente possa avaliar como foi o seu atendimento e realizar suas observações, bem como de todo o fluxo de serviços do estabelecimento. "Além da equipe de enfermeiras e técnicas de enfermagem ser composta somente por sexo feminino - e sendo presença obrigatória durante os exames e procedimentos cirúrgicos - também é permitido acompanhantes durante os atendimentos nos consultórios", explica.

Para a bióloga e embriologista da FertilCare, Dra. Beatriz Mattos, a paciente deve reportar-se aos gestores do estabelecimento caso sinta algum desconforto ou dúvida de alguma etapa do atendimento. Além disso, segundo a especialista, a FertilCare possui uma equipe de apoio ao paciente para acolhê-la, composto por psicóloga, enfermeiras, técnicas, farmacêuticas e embriologistas. "A equipe do laboratório, por exemplo, trabalha constantemente em dupla para que haja o duplo check de todas as etapas do atendimento de nossas pacientes. Buscamos trabalhar com total transparência e segurança", ressalta Dra. Beatriz.

É importante também que o paciente busque informações sobre os profissionais e a clínica junto aos conselhos de classe profissionais, como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e, no caso do DF, o Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF), para saber se os especialistas estão aptos a atendê-lo e não respondem a processos.
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