RELEASES EMPRESARIAIS

QUINTA-FEIRA, 27 DE JUNHO DE 2019 - Horário 16:23

Quatro formas invisíveis que levam líderes a sabotarem suas equipes
Negócio /

Em 2018, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que, por três anos consecutivos, o Brasil registrou mais fechamentos de empresas formais do que aberturas. No ano de 2016, o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) tinha cerca de 4,5 milhões de empresas ativas que, aproximadamente, ocupavam 38,5 milhões de pessoas, sendo destas 83,1% assalariadas e 16,9% na condição de sócio ou proprietário.

Já o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em 2018, liberou um relatório em que indica que a cada 4 empresas abertas, 1 fecha antes de completar 2 anos de existência no mercado.

Em um cenário de crise como este, é importante manter as boas práticas dentro das empresas para se fortalecer da melhor forma e, querendo ou não, a força interna é grande aliada para a sobrevivência de um negócio. Para se sustentar uma equipe motivada e focada é necessária uma boa liderança.

Bons líderes querem o melhor para suas equipes. Mas há formas bem intencionadas que prejudicam a forma de trabalho dos funcionários. Afinal, as situações de boas intenções também podem gerar problemas, assim como aquelas em que a chefia se mostra totalmente incompreensiva e sem abertura para o diálogo.

Listados abaixo estão quatro momentos em que as boas intenções se tornam verdadeiras vilãs do bom rendimento e dos bons resultados no trabalho da sua equipe: 

  1. Preocupação em gerenciar as pessoas e não os reais obstáculos

Alguns líderes acreditam que seu trabalho é supervisionar pessoas. E não é bem por aí. 

Muitos demoram um tempo grande até perceber que estão gerenciando seus funcionários e que isso é prejudicial para o trabalho. Eles se preocupam em averiguar todos os detalhes do trabalho do funcionário, querem controlar tudo e inclusive palpitar na forma como o funcionário realiza a atividade.

Isso não é liderar.

Bons líderes não se envolvem todo o momento no que seus funcionários estão fazendo. Pelo contrário. Eles criam formas para que cada vez mais seus funcionários executem as tarefas sem eles, com muito mais autonomia. 

Quando algo não vai bem, o que bons líderes fazem é chamar os funcionários individualmente. Pedir para que eles comentem o que estão achando do trabalho e o que eles propõem como solução para os problemas e legitimar o funcionário como parte do processo. 

  1. Não há construção de uma cultura de trabalho

A cultura de trabalho de uma empresa não é responsabilidade apenas do CEO. É preciso despertar nos funcionários a lembrança dos valores e crenças da empresa quando ele realiza alguma atividade, para sempre encontrar fundamento no que faz e no que pode vir a fazer.

Mas os gestores pecam ao esquecer-se de despertar a expectativa de determinados comportamentos e valores ao tratar as equipes em suas individualidades. Ou seja, esquecem que, apesar das diferenças de áreas, os funcionários constituem uma única equipe e por isso é importante que estejam conectados.

Muitos gestores sabotam suas equipes esquecendo que o social entre elas é importante, comentários quebra-gelo e confraternizações fazem toda a diferença. Mesmo que cada equipe tenha uma rotina, é importante que existam pontos que as conecte, mesmo que seja a festa da empresa ou uma data especial em que todos respiram do mesmo clima e empolgação.

  1. Personaliza a recompensa e não a divide por igual com a equipe 

Os bons gestores não devem esperar apenas pelos resultados excelentes para bonificar suas equipes. Isso é um erro muito comum: promover ou fazer elogios quando os resultados concretos se apresentam.

É preciso, no entanto, manter o estímulo constantemente, até mesmo quando as coisas ainda não deram certo da forma esperada. Além disso, um caminho é não personalizar e celebrar conquistas com toda a equipe inclusive por meio de e-mails que traduzam transparência. 

  1. Leva em conta só resultados e esquece que lida com pessoas

Bons comportamentos positivos também merecem reconhecimento e incentivam a equipe. Focar apenas nos resultados, unicamente, sabota a equipe. É interessante reconhecer o quanto a colaboração está sendo útil e eficaz durante o trabalho. 

Os gestores que se concentram apenas em projetos e na produção podem destruir a cultura da equipe engajada e motivada e fomentar apenas uma equipe competitiva que não terá bom entrosamento. 

Por isso, no lugar de destacar apenas números, é necessário indicar processos, valores e comportamentos que têm feito a diferença na execução das atividades. 

Isso mostra aos funcionários que não é apenas o que eles realizam que é importante, mas também como a forma que realizam é importante. E o mais importante disso tudo: reconhecer que os comportamentos positivos de alguns funcionários devem ser replicados, não exige um grande orçamento.

O Vale do Silício possui um mindset muito forte sobre equipe e cultura, e empresas como a IIN (Imersão Internacional de Negócios) trabalham para apresentar a empreendedores e empresários brasileiros como funcionam tais características na prática para que assim possam tropicalizá-las e inseri-las na realidade do Brasil.



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