RELEASES EMPRESARIAIS

QUARTA-FEIRA, 31 DE JULHO DE 2019 - Horário 16:17

Vital para o mercado de crédito, verificação da capacidade de pagamento pode evitar superendividamento dos brasileiros
Negócio / Em meio a uma série de medidas que objetivam ampliar o crédito como forma de impulsionar a economia, o Brasil tem hoje, de acordo com dados do setor, 30 milhões de pessoas sem condições de quitar suas dívidas sem comprometer a própria subsistência, os chamados insolventes. Nesse cenário, a verificação cuidadosa da capacidade de pagamento do tomador antes da concessão do crédito ganha força, já que pode evitar a criação de mais superendividados. De acordo com a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD), uma análise mais apurada com foco nas melhores práticas do crédito garante um processo saudável de contratação de empréstimos e financiamentos, impedindo que mais pessoas sejam empurradas para uma situação de insolvência.

""Suitability" é um termo próprio do setor financeiro que significa, em linhas gerais, que as instituições atuantes no mercado devem verificar se os investimentos ofertados estão adequados ao perfil do investidor no que tange à sua tolerância ao risco", explica Rafael Pereira, presidente da entidade.

Segundo o executivo, essa mesma essência deve ser adotada na análise da capacidade de pagamento do tomador de crédito, ou seja, a partir do perfil do tomador determinar quais são os produtos de crédito mais adequados a ele. A instituição financeira, seja ela um banco, fintech ou cooperativa de crédito, tem papel relevante para evitar o não pagamento do empréstimo ou do financiamento contratado por um consumidor ou por uma empresa. "É ela que tem os instrumentos necessários para analisar a trajetória financeira da pessoa física ou jurídica interessada em contratar crédito. Também é ela que, após verificar esses insumos, tem toda a liberdade para decidir se concede ou não crédito. Não se trata aqui de adotar uma postura essencialmente de recusa, mas de assumir a responsabilidade por esse relevante papel", detalha Pereira.

Preocupada com a questão, a ABCD criou uma orientação de conduta voltada para as melhores práticas de crédito digital. "As fintechs que fazem parte da Associação devem não apenas empregar seus melhores esforços nessa verificação da capacidade de pagamento como assegurar que os clientes tomadores de crédito entendam de fato os termos e as condições de tais contratações. Sabe aquelas pegadinhas que não são raras de serem vistas no mercado de crédito? Aquelas letras reduzidas que escondem o real custo do crédito para o tomador? Ou ainda a utilização de palavras de difícil entendimento? São essas e muitas outras situações que buscamos evitar com o SELO ABCD, uma certificação que contribui com o mercado de crédito online", finaliza Pereira.
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