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TERÇA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2019 - Horário 13:58

Estudo aponta que uso de PMMA é método mais seguro para aumento de glúteos
Ciência & Saúde /

O bumbum é uma das partes do corpo da mulher que mais desperta a vaidade nas brasileiras. Na academia há inúmeras séries de exercícios que prometem alcançar o famoso “bumbum na nuca”, mas fato é que muitas acabam buscando procedimentos estéticos para o aumento de glúteos.

E qual seria o método mais seguro? Segundo um grupo de médicos brasileiros, que realizou um estudo sobre o assunto, a bioplastia - ou preenchimento - com PMMA apontou índice de complicações inferior ao apresentado por outras técnicas como lipoescultura e implante de silicone.

Embora o PMMA (polimetilmetacrilato) seja uma substância geralmente associada à procedimentos polêmicos, o médico e pesquisador Roberto Chacur garante que trata-se de uma percepção equivocada. “Casos de rejeição ou deslocamento do produto são causados por substâncias clandestinas no mercado. Silicone líquido industrial é a principal causa de complicações, sendo responsável por migração, linfedema (bloqueio dos vasos linfáticos) e silicose (alojamento do produto no pulmão)”, explica Chacur, coordenador da pesquisa. O silicone líquido, assim como o hidrogel, são substâncias proibidas pela Anvisa, ao contrário do PMMA, utilizado na medicina há mais de 70 anos.

Número reduzido de efeitos adversos

O trabalho sobre preenchimento de glúteos com PMMA foi publicado em junho deste ano pela revista Plastic and Reconstructive Surgery, publicação ligada à Sociedade Americana de Cirurgia Plástica. Os médicos brasileiros acompanharam por 10 anos mais de 1,6 mil pacientes que realizaram uma ou mais sessões de aumento de glúteos com a substância. Entre os casos analisados não houve registros de rejeição, migração, deslocamento do produto ou infecção tardia.

Segundo a publicação, em mais de 2,7 mil procedimentos realizados, o índice de intercorrência foi de apenas 1,88%. Outros estudos citados no trabalho chegam a apontar taxas de 30% de complicações nos casos de procedimentos com implante de silicone e 10% em procedimentos de lipoescultura.

Busca por procedimentos não invasivos aumenta

No último censo divulgado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, em 2016, o número de procedimentos estéticos não cirúrgicos realizados no Brasil teve um aumento de 390% com relação ao senso 2014. Os preenchimentos faciais e corporais, também conhecidos como bioplastia, e a aplicação de toxina botulínica, lideram o segmento.

Apesar de ser uma técnica conceitualmente simples, sem necessidade de cortes ou internação, Chacur reforça que o preenchimento é um procedimento médico sujeito a uma série de especificidades. “O profissional precisa traçar um plano de aplicação, fazer a escolha correta da concentração de PMMA, ter a capacidade de identificá-lo anatomicamente, além de ter bom senso estético e a habilidade para distribuir uniformemente o produto”, conclui o médico.



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