RELEASES EMPRESARIAIS

SEXTA-FEIRA, 23 DE AGOSTO DE 2019 - Horário 15:00

Trabalhar em startups requer algumas avaliações na hora de considerar oportunidades
Negócio / No primeiro semestre deste ano, as micro e pequenas empresas (MPE) geraram 387 mil empregos formais no Brasil. Por outro lado, as médias e grandes empresas (MGE) acumularam um saldo de somente 5,5 mil vagas.
A leve recuperação do mercado de trabalho, portanto, está sendo impulsionada pelo desempenho das MPE. Dito de outra forma, a chance de uma pessoa ter sido contratada por uma MPE, e não por uma MGE, na primeira metade desde ano é 70 vezes maior.

Essa disparidade nos números vem se repetindo nos últimos anos. Como resultado trabalhar em startup vem se tornando uma realidade cada vez mais presente na carreira de executivos que antes viam suas probabilidades de carreira muito mais alinhadas com multinacionais e grandes empresas. Neste sentido, nota-se que poucos candidatos sabem de fato avaliar com profundidade oportunidades que surgem nessas empresas.

"Quando falamos de movimentação profissional, a recomendação é clara. Quanto mais estruturada for a sua decisão, menores os riscos de decidir mal", pondera Rodrigo Sahd, Managing Director da Foursales Group no Brasil.

Pensando nisso, a empresa procurou resumir as seis recomendações formais que seus consultores mais seniores têm dado aos executivos avaliados para compor os quadros de startups que são suas clientes.

1. O potencial do projeto
Os resultados das startups costumam gravitar na lógica do 8 ou 80, o que pode representar sérios riscos para a carreira de quem aceitar uma proposta em uma empresa com tendências a naufragar. Portanto, antes de aceitar a proposta, deve-se avaliar com frieza, profundidade e com ajuda especializada, se possível, os fatores estruturais do projeto e sua perspectiva de dar certo ou errado. Também vale prestar atenção, sobretudo, a três elementos principais: estágio do produto/serviço; coerência da proposta de valor; fôlego financeiro do empresário e/ou investidores.

2. Fôlego financeiro
Outro elemento importante que deve ser considerado é o fôlego financeiro. Pela natureza do negócio, startups têm um ritmo de mudanças constante, o que em geral torna mais comum mudanças de gestão, fechamento de departamentos, ou seja, demissões. Falando em números, é recomendável ter uma reserva financeira de pelo menos três a seis meses de custo de vida antes de aceitar uma proposta neste tipo de empresa.

3. Qualidade dos executivos e fundadores
Se empresas tradicionais já dependem muito da qualidade de seus executivos para crescer, em startups isso é ainda mais importante. Portanto, antes de aceitar uma proposta nesse tipo de empresa é necessário entender se os gestores e fundadores envolvidos na contratação são profissionais com potencial de fazer o negócio crescer e prosperar.

4. Química com o gestor direto
Como as startups costumam ser ambientes extremamente dinâmicos, a tensão nos relacionamentos interpessoais tende a ser maior que a de uma empresa já sólida, o que faz com que relacionamentos frágeis fiquem ainda mais propensos a serem encerrados. Por essa razão, vale dedicar um tempo maior para avaliar o nível de afinidade com o gestor direto. Uma boa ideia para isso é marcar uma última conversa em um ambiente social e não na empresa.

5. Nomenclatura do cargo
Antes de aceitar a proposta em uma startup deve-se usar a prerrogativa de que é muito mais fácil conseguir influenciar a nomenclatura de uma função por lá do que em uma grande multinacional. Ter um cargo que crie coerência com a carreira, certamente contribuirá com o marketing pessoal do candidato no futuro, especialmente quando se trata de projetos mais dinâmicos como os de startups.

6. Seu momento emocional
Pela natureza do momento das startups, ao trabalhar nestas empresas é comum passar por períodos em que será preciso trabalhar finais de semana e/ou 14h por dia. Nesse sentido é recomendável que o candidato avalie com cuidado se o seu momento de vida comporta esse ritmo de trabalho e, consequentemente, dedicação emocional. Em outras palavras, caso seja um período de muitas mudanças ou incertezas na vida pessoal, pode ser recomendado trabalhar em empresas com rotinas e expectativas mais claras e definidas.




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