RELEASES EMPRESARIAIS

SEXTA-FEIRA, 28 DE MARÇO DE 2025 - Horário 14:20

Empresas enfrentam miopia empresarial, mas há como evitá-la
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Como explorado no livro Miopia Corporativa - Como a Negação de Fatos Evidentes Impede a Tomada das Melhores Decisões, de Richard Tedlow, a miopia empresarial é um fenômeno que se reflete na estagnação e na incapacidade de adaptação às mudanças do mercado. Quando uma organização adota uma visão de curto prazo, focando apenas no que já está dando certo, ela corre o risco de se tornar vulnerável às necessidades emergentes do mercado e dos clientes. Um dos principais sinais dessa condição é a falta de planejamento estratégico, aliada ao imediatismo nas decisões.

Segundo dados da BigDataCorp, divulgados pela Capitalist, em 2023 3,9 milhões de empresas foram abertas no Brasil, mas 1,8 milhões dessas viram suas portas sendo fechadas devido ao mau planejamento. Uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de 2021 mostrou que 17% das empresas não fazem nenhum planejamento, e 59% fazem para no máximo 6 meses. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica ainda, através de uma matéria veiculada pela A Tarde, que 48% das empresas no Brasil encerram suas atividades em até três anos devido à falta de planejamento e à gestão financeira inadequada.

Em muitos casos, isso ocorre quando líderes tomam decisões sem levar em consideração o longo prazo, limitando a visão da empresa e negligenciando inovações que poderiam agregar valor ao negócio. De acordo com uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), publicada pela Agencia Brasil, 68% das pequenas empresas ainda nem possuem uma área dedica à inovação e 76% não têm orçamento dedicado a esse fim. No livro, é tratado o fato de que a miopia empresarial também está ligada a questões emocionais dentro das organizações, como o ego inflado e a vaidade.

Segundo Viviam Posterli, CEO do Grupo Skill, a crença de que "já se tem ou já se oferece o melhor" pode cegar os líderes para as reais necessidades de evolução. “A vaidade que infla o ego, que colabora com a cegueira ou miopia empresarial, e a falta de empatia e concentração, nas necessidades em constantes evoluções dos seus clientes”, explica ela.

Além disso, ainda como abordado na obra de Tedlow, a falta de atenção aos sinais pequenos e discretos dos consumidores pode resultar em decisões empresariais equivocadas. Em um cenário competitivo e em constante transformação, é fundamental que as empresas estejam dispostas a se questionar constantemente e a se adaptar às mudanças. A inquietação, muitas vezes vista como um fator negativo, pode, na verdade, ser uma aliada do progresso. “Nos dias de hoje, a inquietação é saudável porque, apesar de alguns fatores estarem inconclusivos, o momento é oportuno para se aliar e pensar fora da caixa”, enfatiza Viviam.

Fazer rupturas no momento certo, especialmente quando a organização está estável, pode ser a chave para o crescimento. O erro está em esperar a crise para agir, quando a inovação pode e deve ser pensada de forma preventiva. Ter "um olhar atento ao cliente e ao mercado, com sede de inovar" pode ser o que a organização precisa para "ganhar um novo fôlego" e alcançar novos horizontes, como citado pela CEO.

No entanto, de acordo com a Presidente do Grupo Skill, de nada adianta pensar em inovação com um olhar míope. Ou seja, ao decidir mudar a rota e caminhar rumo a um universo inovador, é essencial contar com recursos que apoiem essa transformação. Nesse sentido, investir em tecnologia é vital. Hoje, as organizações têm à disposição diversas ferramentas, como Big Data, Cloud Computing e a tão falada Inteligência Artificial, que oferecem oportunidades para otimizar operações, reduzir custos e melhorar a experiência do cliente.

Mesmo já sendo recursos amplamente conhecidos, segundo o Relatório de Habilidades em Nuvem, divulgado pela SoftwareOne, 53% das empresas relatam falta de habilidades em IA para acompanhar a inovação acelerada. Dessa forma, é essencial enfatizar que investir em tecnologia não significa apenas adquirir novos softwares ou equipamentos, mas também promover capacitação e desenvolver uma mentalidade organizacional mais dinâmica e inovadora.

Investir em inovação e tecnologia não é mais opcional; é uma questão de sobrevivência no ambiente empresarial atual. A visão estratégica e inovadora das empresas é o que garante sua longevidade e sucesso. "Hoje investir em tecnologia significa vida, e com um olhar atento em inovar, as organizações ganham sobrevida”, finaliza Viviam.



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