Negócios / Passagens de avião, passaporte, visto, reservas de hotel. Na hora de planejar uma viagem ao exterior, é comum que essas sejam as primeiras preocupações. No entanto, profissionais da área de turismo, autoridades e viajantes mais experientes recomendam que os turistas não se esqueçam do seguro viagem — dependendo do destino, ele pode até ser obrigatório para entrada no país.
Como o próprio nome diz, seguro viagem é um tipo de serviço que oferece assistência e cobertura financeira para imprevistos que podem acontecer durante uma viagem. Isso inclui: despesas médicas e hospitalares, atraso ou perda de bagagem, cancelamento de voo ou viagem, acidentes pessoais e traslado médico ou funerário.
Segundo Luciano Bonfim, diretor comercial da Vital Card (empresa especializada na área), o seguro viagem não substitui o planejamento, mas é uma parte essencial dele. Citando dados da própria empresa, ele diz que mesmo com o seguro representando menos de 3% do valor total de uma viagem internacional, muitos brasileiros ainda negligenciam essa contratação, especialmente em destinos fora do circuito tradicional.
“Nenhum seguro evita acidentes, mas estar protegido é o que garante suporte nos momentos mais difíceis. Em destinos de aventura ou alto risco, a presença de um seguro viagem com cobertura médica, remoção e repatriação pode reduzir o impacto financeiro e logístico”, afirma.
Bonfim chama a atenção para o fato de que, ao contrário do Brasil, há países sem um sistema de saúde universal e gratuito (caso dos Estados Unidos). Logo, se o turista não tiver feito a contratação do seguro viagem, corre o risco de ficar desassistido ou ser surpreendido pela cobrança de grandes quantias.
Ele diz que um equívoco comum é acreditar que o seguro viagem funciona como um plano de saúde completo no exterior. Muitos viajantes não sabem que há limites de valor, tempo de internação e tipos de tratamento.
“Casos como o da brasileira Juliana Marins podem levantar dúvidas sobre o que um seguro viagem cobre ou não. Ele é uma assistência emergencial, com cobertura limitada a eventos súbitos e imprevisíveis, como acidentes ou doenças agudas. Condições pré-existentes, por lei, precisamos cobrir os episódios de agudização da condição e emergências relacionadas à condição”, ressalta Bonfim.
Segundo o diretor, a repatriação médica ou funerária está presente na maioria dos planos, mas também respeita limites de valor e condições específicas. A primeira ocorre quando o viajante precisa retornar ao país de origem por razões médicas, com apoio logístico e financeiro da seguradora.
Já a repatriação funerária envolve o traslado do corpo em caso de falecimento. Ambos os procedimentos exigem avaliação médica e podem funcionar por reembolso também, que é um direito do segurado por lei, explica.
“A responsabilidade da seguradora está diretamente ligada aos valores e coberturas contratados. Uma vez atingido o limite de cobertura, seja financeiro ou por tempo de atendimento, a continuidade do tratamento passa a ser de responsabilidade do viajante”, acrescenta Bonfim.
Caso deseje, o turista pode buscar coberturas adicionais que podem ser contratadas de forma complementar.
Outro ponto de atenção é em relação aos destinos. Em geral, os seguros excluem cobertura para regiões com alertas de segurança, como áreas de risco biológico ou países sob desastres naturais declarados.
“A infraestrutura local pode limitar o atendimento. Nesses casos, a seguradora pode oferecer apoio na transferência do paciente para uma região com atendimento adequado, desde que isso esteja dentro da cobertura contratada, daí a importância de ler atentamente todas as cláusulas do contrato”, destaca o diretor comercial da Vital Card.
Para saber mais, basta acessar o site oficial da Vital Card: https://www.vitalcard.com.br/