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SEGUNDA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2025 - Horário 10:02
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ECO/ PRNewswire - Chamado à ação da FIFARMA: o futuro da saúde na América Latina precisa de progresso no acesso, na inovação e no investimento

A Cúpula Anual da FIFARMA 2025 reuniu líderes da América Latina para discutir como a inovação, o investimento e o acesso podem transformar os sistemas de saúde.Segundo o estudo W.A.I.T Indicator 2025, apenas 44% dos medicamentos inovadores aprovados globalmente estão disponíveis em pelo menos um país da América Latina, e apenas 33% estão acessíveis aos pacientes por meio do sistema público de saúde[1].CIDADE DO MÉXICO, 26 de maio de 2025 /PRNewswire/ -- Em um momento crucial para o futuro dos sistemas de saúde na América Latina, a Federação Latino-Americana da Indústria Farmacêutica (FIFARMA) apresentou, durante seu primeiro encontro anual, diversas análises e conversas que evidenciaram tanto os avanços quanto os desafios enfrentados pelo setor na região. Os debates mostraram que, se por um lado, houve progressos significativos em inovação e pesquisa clínica, por outro, há obstáculos significativos no acesso dos pacientes a tratamentos.

A mais recente Cúpula Anual da FIFARMA 2025, realizada nos dias 22 e 23 de maio, gerou discussões sobre temas centrais como o papel do acesso à inovação médica, o investimento sustentável em saúde e a transformação estrutural dos sistemas, com o objetivo de contribuir para um desenvolvimento mais igualitário, resiliente e centrado nas pessoas.

O evento reuniu tomadores de decisão, organizações multilaterais, reguladores, setor privado e sociedade civil para debater uma mensagem clara: é necessário garantir inovação, pesquisa clínica e marcos legais de propriedade intelectual para melhorar o acesso e o investimento em saúde na região.

"O futuro da saúde na América Latina depende não apenas de inovar, mas de fazer com que essa inovação chegue a quem precisa. Na FIFARMA, acreditamos que a verdadeira mudança ocorre quando três forças são combinadas: acesso, investimento e inovação. Para isso, é essencial que governos, iniciativa privada e sociedade civil atuem juntos na construção de sistemas de saúde mais equitativos, sustentáveis e centrados nas pessoas", afirmou Yaneth Giha, diretora-executiva da FIFARMA.

Um cenário misto

As discussões sobre o futuro da saúde na América Latina giraram em torno dos resultados de diversos estudos apresentados pela FIFARMA durante sua Cúpula Anual, com destaque para o Estudo de Competitividade e Investimento Biofarmacêutico (BCI) 2025 e o W.A.I.T. Indicator 2025.

O primeiro, desenvolvido pela consultoria Pugatch Consilium, estabelece um índice que avalia a competitividade dos países na atração de investimentos no setor biofarmacêutico. O estudo mostra que a região tem avançado significativamente em sua capacidade científica e ambiente clínico, demonstrando a profissionalização do ecossistema biofarmacêutico.

Entre os principais resultados do índice BCI, destaca-se o México, como país emergente em pesquisa clínica, com pontuação de 65,5%[2]. Esse avanço, no entanto, convive com importantes desafios em acesso: apesar do progresso, ainda há áreas-chave que exigem atenção para alcançar um sistema mais equilibrado e sustentável.

O Brasil também se sobressai, com a maior pontuação regional no sistema regulatório (71,96%)2, refletindo forte confiança institucional. Por outro lado, apresentou queda no indicador de proteção à propriedade intelectual (-5,4%), o que representa uma oportunidade de melhoria para fortalecer seu posicionamento como ambiente atrativo para investimento em inovação2.

A Argentina, com pontuação de 57,75% no BCI 2025, apresenta oportunidades concretas para fortalecer seu ambiente de inovação em saúde. O país possui uma indústria farmacêutica dinâmica e capacidades técnicas sólidas, que podem ser ainda mais desenvolvidas com avanços em áreas como proteção à propriedade intelectual e marcos regulatórios[3].

Já a Colômbia enfrenta um ambiente desafiador para a inovação farmacêutica e pesquisa clínica, com pontuação de 53,13% no BCI, abaixo da média regional da América Latina e próxima à média de mercados emergentes com desafios em investimento, acesso e competitividade do sistema de saúde2.

Os dados gerais do estudo mostram que, embora haja progresso na infraestrutura da região, ainda existem oportunidades significativas para tornar mais igualitário o acesso a medicamentos inovadores. O índice BCI registra uma leve queda de -1,57%2 na categoria de acesso e financiamento, o que evidencia a necessidade de se continuar trabalhando para superar barreiras regulatórias, orçamentárias e de coordenação institucional. Solucionar esses desafios pode abrir caminho para que os avanços em inovação cheguem a mais pessoas e se traduzam em melhorias reais nos sistemas de saúde da América Latina.

Sobre os desafios existentes na região relacionados ao acesso à inovação, os resultados do W.A.I.T. Indicator 2025, relatório realizado pela FIFARMA em parceria com a IQVIA, mostram claramente que, dos mais de 400 medicamentos aprovados globalmente entre 2014 e 2024, apenas 44% foram registrados em algum país latino-americano, e somente 33% estão disponíveis no serviço público1.

Segundo o relatório, em média, os pacientes da região esperam 5,6 anos para ter acesso a um tratamento inovador, sendo: 3,1 anos para a aprovação local e mais 2,5 anos até a sua disponibilidade. Além disso, 91% dos tratamentos inovadores não tiveram redução nos tempos de espera em relação a 2024, refletindo a urgência de agilizar os sistemas de acesso1.

"A América Latina já demonstrou que tem talento, infraestrutura e potencial para liderar em pesquisa clínica e abertura à inovação. Mas esse progresso só será relevante se vier acompanhado de políticas que garantam acesso igualitário. Na FIFARMA, acreditamos que crescer como indústria não é suficiente: o verdadeiro impacto ocorre quando a inovação chega a todos os pacientes, independentemente do país ou da região em que se encontrem", concluiu Yaneth Giha.

A Cúpula Anual da FIFARMA 2025 deixou claro que, embora a América Latina esteja avançando em capacidades científicas, o salto real em transformação exige um foco urgente em três frentes fundamentais: financiamento, acesso e proteção da inovação. Só assim será possível garantir que o crescimento da indústria se traduza em saúde e equidade para todos os pacientes da região.

Contato com a imprensa: Lucía Pérez, gerente de comunicações da FIFARMA. E-mail: [lperez@fifarma.|mailto:lperez@fifarma.org][org|mailto:lperez@fifarma.org]Telefone: +593 987 933 526 



[1] IQVIA (2025, 30 de maio). Indicador W.A.I.T. do Paciente FIFARMA 2025 - América Latina [Relatório Executivo]. Federação Latino-Americana da Indústria Farmacêutica (FIFARMA).

[2] Pugatch, M., Torstensson, D., & Nathan, G. (2025). Pesquisa de Competitividade e Investimento Biofarmacêutico (BCI): Latin America Edition. Pugatch Consilium / FIFARMA.

[3] INDEC (2024). Pharmaceutical industry: Fourth quarter 2023 (Indústria farmacêutica: Quarto trimestre de 2023) (p. 7). Instituto Nacional de Estatística e Censos. [https://www.indec.gob.ar/uploads/informesdeprensa/farm_03_25012B4C7B38.pdf|https://www.indec.gob.ar/uploads/informesdeprensa/farm_03_25012B4C7B38.pdf

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FONTE FIFARMA


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