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SEXTA-FEIRA, 24 DE FEVEREIRO DE 2017 - Horário 9:39

Segundo pesquisa, crianças que aprendem o idioma inglês podem apresentar maior QI e outros benefícios
Ciência & Saúde / Há muito tempo o inglês se tornou um idioma universal, falado e observado na maioria dos países. Aonde quer que uma pessoa vá, ela pode se virar muito bem se tiver o domínio da língua. Em alguns países onde o inglês não é o idioma materno, escolas incentivam o aprendizado da língua com aulas programadas no calendário escolar, em outras ocasiões os pais procuram matricular seus filhos em escolas bilíngues a fim de introduzir a língua na rotina das crianças.

Independente de como é feita essa inserção, é possível afirmar que quanto mais cedo a criança é exposta a um novo idioma, mas facilidade ela terá para aprender a língua. De acordo com o estudo promovido pela empresa de educação e tecnologia Rosetta Stone, em 2011, quando a criança completa três anos, está no ápice para aprender outro idioma e poderá pensar e se expressar como um nativo. Já aos 11 anos, o processo vai ficando mais complexo, e a situação se complica a partir dos 15 anos. Ainda segundo o estudo, além da pronúncia próxima a de um nativo, as crianças alfabetizadas numa escola bilíngue podem apresentar maior quociente de inteligência, maior capacidade de raciocínio (QI), e também há a possibilidade de prevenir doenças, como Alzheimer.

Através do escaneamento do cérebro, pesquisadores perceberam que influências exteriores têm o seu maior impacto antes dos quatro anos de idade, quando as ligações entre os neurônios se desenvolvem para processar novas palavras. Os cientistas do Kings College, em Londres, e da Brown University em Rhode Island, estudaram 108 crianças com desenvolvimento cerebral normal, e com idades entre um e seis anos. Eles usaram exames cerebrais para estudar a substância mielina, responsável por proteger o circuito neural, que se desenvolve desde o nascimento. Os testes indicaram que a distribuição da mielina é fixada a partir dos quatro anos, o que sugere que o cérebro é mais plástico nos primeiros anos de vida. Isso explica por que a imersão de crianças em um ambiente bilíngue, antes dos quatro anos de idade, oferece melhor chance delas se tornarem fluentes em ambas as línguas.

De acordo com a neuropsicóloga e professora da Universidade Estadual de Campinas, Sylvia Ciasca, o cérebro é ainda mais estimulado quando o ensino de duas línguas é praticado ao mesmo tempo. Quando se aprende uma língua, o circuito da leitura se une ao da escrita de maneira natural. No caso de aprender mais de um idioma, esse processo se potencializa. Além disso, se a criança aprender outras matérias, como matemática, em outra língua, isso também pode proporcionar maior estímulo e motivação para outros estudos.

A primeira infância é uma época em que as habilidades linguísticas se desenvolvem muito rapidamente. Aos 12 meses de idade, os bebês têm um vocabulário de até 50 palavras, mas aos seis anos este pode chegar a cerca de cinco mil palavras. Os pais que desejam dar aos filhos alfabetização bilíngue precisam fazer isso cedo.

Em casos onde as crianças são matriculadas em escolas bilíngues, o ensino deve seguir a mesma lógica que a língua materna. A escola infantil Cycle School, que possui turmas a partir do berçário, ensina as crianças de maneira que elas possam aprender o inglês de forma natural. O programa de educação bilíngue da escola infantil Cycle School é implementado em todo o ciclo de educação, através de um modelo onde as crianças são acompanhadas por uma professora tutora e por uma professora assistente durante todo o período escolar. Para especialistas, quanto mais cedo o primeiro contato com a língua, mais facilmente ele irá conseguir se expressar.
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