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QUINTA-FEIRA, 9 DE AGOSTO DE 2018 - Horário 10:56

Comunidade Druza de São Paulo se manifesta após atentados em Sweida, na Síria
Política Externa / Na última semana a notícia de um ataque de autoria do autoproclamado Estado Islâmico à pequena província de Sweida, no sul da Síria, provocou muita tristeza e comoção na comunidade Druza pelo mundo e também no Brasil.

Os Druzos - um grupo religioso milenar no Oriente Médio - se revoltaram com a situação das 36 mulheres e crianças sequestradas e o genocídio que resultou na morte de 300 pessoas no mais sangrento atentado aos Druzos desde 1925.

De acordo com as autoridades locais, as vítimas foram atacadas na calada da noite e cruelmente decapitadas em frente a membros das famílias - em especial crianças que foram deixadas vivas para depois contar o ocorrido.

Os relatos indicam ainda que entre os mortos estão camponeses humildes, mulheres e também crianças. Todos assassinados devido ao fato de serem Druzos, vertente religiosa originária do Islamismo.

Com presença maior no Líbano, Palestina, Jordânia e Síria, a religião Druza é reconhecida pela neutralidade e posição pacífica. "Recebemos com muita tristeza esta notícia e nossa intenção é mostrar que independente do credo, pessoas simples foram feridas. Mães perderam seus filhos. Trabalhadores indefesos foram mortos. E nos perguntamos até onde vai tanta maldade", diz Haissam Masri, atual presidente do Lar Druzo Brasileiro em São Paulo, entidade fundada em 1969.

Al Masri acrescenta: "Os Druzos são um povo pacífico que convive com todos os outros em harmonia, conhecidos como grandes patriotas em todos os países ondem nascem, e os defendem até a morte - se necessário".


Homenagem às vítimas

No Brasil, a comunidade Druza está presente há mais de um século. Com grande vocação altruísta, desenvolve iniciativas de amparo social e intensa atividade em prol da sociedade.

Uma homenagem às vítimas do atentado acontecerá na sede do Lar Druzo no dia 11 de agosto às 18 horas onde receberão as condolências. "Estaremos todos juntos, demonstrando nossa solidariedade e nossa fé, além do repúdio ao genocídio ocorrido em Sweida. Pedimos também uma ação das autoridades brasileiras e das Nações Unidas para libertar de imediato os reféns e proteger as famílias que vêm sofrendo com perseguições. Acreditamos na paz e na fraternidade, acima de tudo!", diz Haissam Masri.

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