RELEASES EMPRESARIAIS

QUINTA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2019 - Horário 11:34

Doe para projetos ambientais e faça a diferença
Economia / Diversos países recebem doações bilionárias com a finalidade de preservação ambiental. O Brasil é destaque dentre os destinatários, pois há especial interesse na preservação das florestas, na redução do desmatamento, na garantia de disponibilidade hídrica e na mitigação de mudanças climáticas, dentre outras finalidades. Em dezembro de 2018, a Alemanha anunciou a doação de quase 2 bilhões de dólares ao Fundo Verde do Clima das Nações Unidas.

Entendendo como funciona o fluxo de doações, você pode causar impactos positivos no mundo.

O Fundo Verde do Clima é uma iniciativa global que visa promover ações de resposta às causas e efeitos do aquecimento global, por meio de investimento em desenvolvimento de baixo carbono e resiliência climática.

Reunindo recursos provenientes de 43 países, o Fundo Verde do Clima é uma entidade multilateral de financiamento atrelada à Organização das Nações Unidas (ONU) e cujo objetivo é financiar projetos e iniciativas para mitigação quanto adaptação.

De forma semelhante funciona o Fundo Amazônia. Gerenciado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, o fundo já recebeu mais de R$ 3 bilhões de reais da Noruega, Dinamarca e da empresa Petrobras. Criado em 2008, O Fundo Amazônia apoia, atualmente, 103 projetos em diversos estados do Brasil.

Outra importante modalidade de transferência da recursos para projetos sustentáveis é o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Nesse modelo, particulares recebem determinada quantia para viabilizar financeiramente suas iniciativas.

O Estado de São Paulo, por exemplo, forneceu recursos para proprietários mantenedores de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), por meio de duas chamas públicas realizadas entre 2013 e 2016. Segundo dados fornecidos pelo governo estadual, 20 RPPN foram contempladas com montante aproximado de 2 milhões de reais. Iniciativas como a do governo estadual de São Paulo são fundamentais para fomentar e viabilizar a preservação ambiental.

Iniciativa privada e projetos sustentáveis

Outra iniciativa que busca remunerar proprietários de imóveis rurais preservados é empreendida pela ECCON Soluções Ambientais . A empresa de consultoria criou uma plataforma on-line chamada Banco de Áreas Verdes para organizar informações e dar visibilidade a imóveis que necessitam de recursos para se manterem preservados.

No Brasil, apenas parte das áreas rurais devem ser obrigatoriamente preservadas. A proporção da área que deve ser preservada depende do bioma em que está localizada. Na Mata Atlântica, por exemplo, 20% da área deve se manter preservada, enquanto na Amazônia a parcela é de 80% do imóvel.

Yuri Rugai Marinho, diretor da ECCON e idealizador da iniciativa, relata que, por conta disso, é muito importante olhar com atenção para as áreas que contenham porções preservadas em proporção maior do que a obrigação legal. "Para que essas áreas se mantenham preservadas, é fundamental remunerar os proprietários, pois eles têm direito a desmatar para realizar atividades produtivas e garantir seu sustento", explica.

A maneira tradicional de transferência de recursos aos proprietários preservacionistas ocorre por meio de compensação ambiental. Donos de propriedades com déficit de área preservada em seus imóveis compram ou arrendam excedentes de áreas com vegetação para regularizarem sua atividade.

Contudo, nem todas as áreas preservadas têm mercado para compensação ambiental. André Castro Santos, colaborador da ECCON, explica que, para se tornar apta a compensação, uma área preservada deve atender a determinados critérios geográficos, devendo estar no mesmo bioma da área a ser compensada, e em alguns casos, no mesmo estado e na mesma bacia hidrográfica.

Por não atender a esses critérios, muitas áreas são excluídas dos benefícios trazidos por essa modalidade de negócio, aumentando exponencialmente o risco de desmatamento legal no Brasil. Para esses casos, a doação de particulares e empresas seria fundamental para viabilizar a preservação.

Yuri Marinho explica que, na prática, a doação funciona como uma espécie de PSA, mas entre particulares. Ao acessar o recurso financeiro, o proprietário compromete-se perante órgãos ambientais e com registro em cartório a não desmatar sua área preservada.

Atualmente, o Banco de Áreas Verdes da ECCON apoia mais de 110 proprietários rurais preservacionistas em todo o Brasil. Ao todo, são aproximadamente 600 mil hectares de floresta privada, das quais 250 mil hectares são passíveis de desmatamento legal.

Para contribuir com as iniciativas da ECCON Soluções Ambientais, é possível realizar doações no site .

SOS Mata Atlântica

Outra instituição que apoia de maneira relevante projetos sustentáveis no Brasil é a SOS Mata Atlântica, que atua há 30 anos na proteção da Mata Atlântica. A ONG realiza projetos em áreas como monitoramento e restauração da Mata Atlântica, proteção do mar e da costa, políticas públicas e melhorias das leis ambientais, educação ambiental e campanhas e apoio a unidades de conservação. Trata-se de uma das principais instituições de conservação no Brasil.

A entidade também desenvolve projetos de conservação ambiental, produção de dados, mapeamento e monitoramento da cobertura florestal do Bioma, campanhas, estratégias de ação na área de políticas públicas, programas de educação ambiental e restauração florestal, voluntariado, desenvolvimento sustentável e proteção e manejo de ecossistemas.

Para auxiliar a viabilidade de seus projetos, a ONG também aceita doações, que podem ser feitas no site da entidade.
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