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QUARTA-FEIRA, 26 DE JUNHO DE 2019 - Horário 16:35

Dia Nacional do Diabetes: doença cresce 61% nos últimos 10 anos e já atinge 9% dos brasileiros
Ciência & Saúde /

No Dia Nacional do Diabetes, lembrado neste dia 26 de junho para conscientizar a população sobre os riscos da doença, alguns dados recentes revelam um crescimento de mais de 61% nos últimos dez anos nos casos de diabetes. Isso significa que, entre 2006 e 2016, as taxas foram de 5,5% da população para 8,9%.

Se, por um lado, os dados crescentes soam alarmantes, por outro, pode ser também resultado de diagnósticos mais precisos e mais precoces em meio à realidade: cerca de metade dos pacientes não sabe que tem a doença.

O aumento dos níveis de informação sobre o diabetes também podem ser resumidos no aumento da procura por tratamentos e informações sobre medicamentos para tratar a doença. Levantamento do site Consulta Remédios revela que a busca por informações sobre a doença cresceu 175,7%, considerando o período de junho de 2017 a maio de 2018, comparado com o período de junho de 2018 a maio de 2019.

Dentre os medicamentos mais buscados pelos pacientes na internet está o Victoza, medicamento de uso subcutâneo usado para tratar o diabetes mellitus tipo 2, quando dieta e exercícios físicos sozinhos não conseguem controlar o nível de açúcar no sangue. O medicamento, que custa a partir de R$ 362,00, teve sua procura aumentada em 224% nas farmácias virtuais em 2019.

Segundo dados do Ministério da Saúde, são cerca de 9 milhões de pessoas diagnosticadas, mas se estima que o número de casos de diabetes chegue a 13 milhões, sendo que o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial.

O que é diabetes?

Diabetes é um termo que abrange um grupo de distúrbios do metabolismo da glicose associados a defeitos na secreção e/ou ação da insulina. Além da alteração glicêmica, pode causar o comprometimento de diversos órgãos e sistemas.

O pâncreas é o órgão que produz a insulina, hormônio essencial para o controle dos níveis de açúcar no sangue.

Os registros sobre a diabetes são antigos, mas é por volta do século II D.C que a patologia foi denominada diabetes.

O termo faz referência a “passar através de um sifão”. Isso porque, na época, o sintoma mais observado nos pacientes era o excesso de urina (poliúria), o que foi comparado à passagem de água através de um sifão.

Alguns anos depois, uma série de eventos e pesquisas fez os estudiosos observarem que, além do maior volume urinário, alguns pacientes tinham a urina doce, mostrando que eliminavam açúcar pela urina.

Foi somente em 1769 que as duas condições clínicas em que havia excesso de produção de urina foram nomeadas como: Diabetes Insipidus e Diabetes Mellitus. O termo “Mellitus” significa mel em latim, fazendo uma referência à doçura da urina. Já “insipidus” caracteriza a urina clara e sem sabor adocicado, como água. 

Como prevenir?

O diabetes tipo 1 é uma condição autoimune, o que significa que, até o momento, não há modos de efetivamente preveni-la. Mas uma rotina saudável é a melhor maneira de promover mais saúde para todo o organismo e evitar complicações decorrentes da doença.

No tipo 2, essas mesmas medidas saudáveis servem como prevenção para quem ainda não está no grupo de risco, ou para quem já está com pré-diabetes.

Alimentação

Reduzir a ingestão de alimentos processados e industrializados é uma boa maneira de melhorar a alimentação.

Sempre que possível, opte por frutas, verduras e legumes crus, cozidos ou grelhados. Além disso, evite o uso de temperos prontos.

Dar atenção às refeições é um modo de trazer mais saúde para todo o corpo, além de auxiliar na redução do peso — o que pode reverter casos de pré-diabetes.

Atividade Física

Exercitar o corpo, seja na academia ou no parque, melhora a circulação sanguínea, dá mais disposição física e mental, melhora o condicionamento físico, ajuda a musculatura e facilita a redução de peso.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, bastam 20 minutos de atividade física leve ou moderada por dia, ou 10 minutos de atividade intensa, para atingir a meta ideal de exercício. E se não houver tempo, esse valor pode ser distribuído ao longo da semana.

Por isso, quem quer correr ou fazer aulas aeróbicas intensas, pode investir em 75 minutos (1h15min) por semana, mas o ideal é que mantenha sessões regulares de atividade física, dentro da rotina do dia a dia.

Quem prefere deixar o carro ou ônibus de lado, pode caminhar por 150 minutos (2h30min) ao longo da semana.

Saúde Mental

Dar atenção à saúde mental e emocional é fundamental para o bem-estar e a integridade do organismo.

Ainda que possa não parecer, há uma relação bem próxima entre a mente e o diabetes tipo 2.

Algumas pessoas podem desenvolver hábitos alimentares inadequados quando estão ansiosas ou tensas, o que pode resultar em aumento de peso e, consequentemente, maiores riscos de diabetes.

Mas dar atenção à saúde mental não significa, apenas ou necessariamente, fazer terapia.

Adotar uma rotina mais leve, fazer atividades prazerosas, manter hábitos saudáveis em geral e encontrar técnicas relaxantes podem ser opções para promover o bem-estar.

Perca peso

Perder entre 5% e 10% do seu peso já é o suficiente para reduzir os riscos de desenvolver diabetes tipo 2.

Por isso, o que pode parecer difícil — emagrecer — pode ser um processo gradual e alcançável. Por exemplo, uma mulher com 80kg precisa reduzir entre 4kg e 8kg para reduzir pela metade os riscos da doença.

Então, o melhor modo de cuidar da saúde é investir em alimentação balanceada, atividades físicas e acompanhamento especializado. Mais informações sobre o diabetes podem ser encontradas no blog Minuto Saudável, braço de conteúdo do Consulta Remédios.



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