RELEASES EMPRESARIAIS

SEXTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2019 - Horário 12:19

Burocracia trava o crescimento do mercado de suplementos alimentares
Negócio /

O Brasil é um dos países que mais cresce no segmento de suplementos alimentares. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), em 2018, só o setor de Sport Nutrition - uma das quatro divisões do mercado, que ainda inclui Bem-Estar, Perda de Peso e Nutrição Cosmética - faturou cerca de R$ 2,24 bilhões, crescendo 12% em relação ao ano anterior. A expectativa para 2019 é de crescimento de 15%.

Wilton Colle, fundador da Midway Labs USA, uma das líderes no mercado de suplementos alimentares do Brasil, mostra otimismo em relação ao crescimento do mercado e aponta seu principal obstáculo a burocracia. Com regras muito rigorosas no Brasil, segundo Colle, o mercado deixa de crescer e faturar alguns bilhões a mais, além de privar o consumidor final de ter acesso a produtos de qualidade e desenvolvimento científico  comprovados. “O mercado de suplementos está mais otimista para 2019, até porque independente de crise a busca por saúde, alimentação e estilo de vida saudável é uma tendência sempre crescente no mundo, o número de academias de atividades físicas só aumenta no Brasil. A maior dificuldade para o crescimento desse mercado é justamente a burocracia, que impede que as marcas tenham um grande leque de fórmulas e de novos suplementos, se compararmos com os EUA ainda estamos muito longe, a liberdade que se tem de fórmulas e ingredientes lá é muito mais ampla do que no Brasil”, conta Colle.

A ANVISA é o órgão fiscalizador desse mercado no Brasil e publicou em 2018 através de regulamento  o novo marco para os suplementos alimentares. As novas regras, segundo a ANVISA vão melhorar o acesso dos consumidores brasileiros a produtos seguros e de qualidade. A modernização desta regulamentação também promete diminuir os obstáculos para comercialização e inovação desse setor, além de melhorar o controle sanitário e a gestão do risco desses produtos.

Para Wilton Colle é também uma questão cultural, no Brasil ter um controle excessivo do Estado sobre o que o consumidor deve aceitar. “Nos EUA o consumidor quem fiscaliza o mercado, ele quem decide o que vai ser bem- sucedido ou não. É preciso  flexibilizar as regras no mercado brasileiro de suplementos com menos Estado e mais mercado”, finaliza Colle.



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