RELEASES EMPRESARIAIS

QUINTA-FEIRA, 16 DE JANEIRO DE 2020 - Horário 16:15

Sete dicas para se proteger dos golpes financeiros pela internet
Tecnologia / Imagine a seguinte situação: uma mensagem pelo WhatsApp oferece um empréstimo atrativo, com taxas de juros mais baixas ou valor pré-aprovado alto. Para ter direito a ele, é preciso fazer um depósito antecipado no mesmo dia e o mais rápido possível. Aparentemente, ao analisar o site e a própria conta do WhatsApp, tudo indica ser uma comunicação de uma instituição financeira. O atendente é solícito e conduz a conversa por meio de áudios. Essas são algumas das características de um dos golpes financeiros que mais tem crescido: o do WhatsApp.

Nos últimos dois anos, essa fraude teve um salto de quase 200%, de acordo com levantamento realizado pelo Reclame Aqui a pedido da fintech de crédito Noverde, que faz parte da ABCD (Associação Brasileira de Crédito Digital). Os criminosos usam os nomes e aspectos como identidade visual das fintechs, que vivem momento de ascensão no mercado financeiro, para enganar as vítimas.

Sabendo disso, as fintechs estão usando seus canais de comunicação para alertar a sociedade. Um dos objetivos é conscientizar a população sobre essas práticas lesivas a fim de que as pessoas desconfiem sempre e, em caso de dúvida, não prossigam.

Para não cair em ciladas do tipo, a ABCD elaborou sete dicas para se proteger na rede.

1 - Depósito antecipado
Uma empresa idônea jamais exigirá do consumidor depósito antecipado para liberar um empréstimo. "Essa prática é ilegal e está sujeita inclusive à responsabilização criminal, podendo ser enquadrada no crime de estelionato - artigo 171 do Código Penal. Se for vítima, a orientação é fazer um boletim de ocorrência o mais rápido possível", afirma Rafael Pereira, presidente da ABCD.

2 - Exigência de fiador
Outra exigência ilegal. Na ânsia de obter o empréstimo, há quem pague fiador. Essa é, aliás, uma das características aproveitadas pelos criminosos: eles utilizam a fragilidade da pessoa, que costuma estar em dificuldades financeiras, para concretizar o golpe. Em qualquer modalidade de empréstimo, interessam apenas e tão somente as informações financeiras do tomador de crédito.

3 - Promessa de elevação da nota de crédito
Há quem prometa melhorar sua nota de crédito, também chamada de score. Isso não é possível. "O score diz respeito ao histórico de pagamentos de cada pessoa física ou jurídica. Para chegar a ele, os birôs de crédito realizam um trabalho sério e reconhecido internacionalmente. Seu score só pode ser consultado/acessado por você nos sites dos birôs, não estando aberto a outros consumidores", detalha Pereira.

4 - Cópia ou reprodução do site
Os golpistas costumam simular sites de instituições financeiras para atrair pessoas interessadas em contratar crédito. Como os ambientes são parecidos, a vítima não percebe que se trata de um site fraudulento. A orientação é conferir o endereço eletrônico, analisando os links antes de clicar neles. O cadeado ou a expressão https, por exemplo, é importante. O S do https, assim como o cadeado, indica que o site é de fato confiável - de procedência segura.

5 - Conta do tipo pessoa física
No golpe do WhatsApp, as vítimas depositam o valor exigido em contas bancárias pertencentes a pessoas físicas. Esse é um dos sinais de golpe. As instituições financeiras trabalham com contas do tipo pessoa jurídica. Elas jamais farão ou pedirão qualquer transação bancária via pessoa física.

6 - Links enviados por remetentes desconhecidos
Para invadir seu computador ou celular, os criminosos enviam links por e-mail, WhatsApp ou SMS. Os textos que acompanham esses links são tentadores. Alguns prometem prêmios. De novo: a regra é desconfiar sempre.

7 - Garantia de rentabilidade e/ou alta taxa de rendimento
Cuidado com as falsas promessas de investimento. A garantia de rentabilidade e a alta taxa de rendimento - ou ainda as duas combinadas - aparecem com frequência nos golpes. "Uma forma de se proteger é verificar se quem faz a oferta é credenciado pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), que tem credibilidade por representar as instituições financeiras", finaliza Pereira.
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