RELEASES EMPRESARIAIS

QUARTA-FEIRA, 4 DE AGOSTO DE 2021 - Horário 17:29

Setor imobiliário cresce nos seis primeiros meses de 2021
Negócios /

O mercado imobiliário teve alta no primeiro semestre de 2021, e isso pode ser constatado inclusive em Piracicaba. Dados da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) e da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas) mostram que as vendas de imóveis no país aumentaram 26,1% no ano passado, quando teve início a pandemia da Covid-19. Foram 119.911 unidades comercializadas, o melhor resultado desde 2014, quando o setor estava em fase de expansão.

De janeiro a junho, os lançamentos totalizaram 27.114 unidades, superando o recorde anterior do primeiro semestre de 2019, com o registro de 20.157 unidades lançadas. As vendas apresentaram resultados ainda melhores, com 29.935 unidades comercializadas, superando a última marca de 19.641 unidades negociadas também no semestre inicial de 2019.

Em Piracicaba, tanto em locação quanto em vendas, incluindo lançamentos, houve aumento em relação a 2020. De acordo com o Departamento de Inteligência de Mercado da Frias Neto Consultoria de Imóveis, imobiliária de Piracicaba que existe há mais de 32 anos, o valor total do VGL (Valor Geral de Locação) de janeiro a junho deste ano aumentou 45% na comparação com o mesmo período do ano passado. Houve, ainda, crescimento em VGV (Valor Geral de Vendas) de 43,3% no setor de terceiros (imóveis prontos) em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Os dados indicam, ainda, recorde de VGL (Valor Geral de Locação) na história da imobiliária. O maior volume de locações na empresa até então era setembro de 2020, porém, neste ano o VGL teve aumento de 41,9% em comparação com junho do ano passado.

Outras constatações obtidas com os dados do Departamento de Inteligência de Mercado da Frias Neto são que os imóveis comerciais foram responsáveis por 33,02% do valor total do VGL (Valor Geral de Locação) no semestre.

“O comportamento das pessoas mudou com a pandemia e muitos passaram a ter um novo relacionamento com o imóvel, principalmente o lar, aliando necessidade e prazer, passaram a valorizar muito mais sua moradia. Devido à necessidade de ficarem em casa, elas passaram a ter outra percepção sobre os lares e os espaços para trabalho”, afirma Angelo Frias Neto, diretor-presidente da imobiliária e diretor da ABMI (Associação Brasileira do Mercado Imobiliário) e do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

Ele comentou também que taxa de juros para financiamentos imobiliários está entre os menores patamares já vistos na história, o que provocou no financiamento de imóveis (que cresceu 57,5% no ano passado - com R$ 124 bilhões liberados pelos bancos) novo salto em 2021, de 113% no primeiro trimestre na comparação de janeiro a março de 2020.

“É bem provável que a taxa de juros do financiamento imobiliário de pessoa física esteja num dos menores patamares que já vimos. E isso é um grande potencial para novos lançamentos de produtos, compra e venda de imóveis”, comentou o engenheiro civil Guilherme Lapo, cofundador da RExperts, durante a palestra no 76º Encontro ABMI.



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