Tecnologia / Conforme divulgado pelo relatório anual State of the Octoverse, o Brasil figura entre os três principais países com mais desenvolvedores de software no GitHub, plataforma de colaboração da atividade, fora dos Estados Unidos, ficando atrás apenas dos gigantes populacionais Índia, que registrou mais de 2,5 milhões de novos usuários na plataforma, e China, que abriga mais de 1,2 milhão de novos usuários. O dado foi apresentado no evento GitHub Universe, que ocorreu no final do ano passado. São cerca de 1 milhão de pessoas brasileiras desenvolvedoras que ingressaram no sistema em 2022.
Outros países da América Latina também registraram crescimento, segundo a apuração. Com aumento de 41%, a Argentina conta com 694 mil pessoas desenvolvedoras, enquanto a Colômbia, com 33%, dispõe de mais de 660 mil pessoas na subárea, e o Chile, que apresentou crescimento de 27% e mais de 345 mil usuários.
Leonardo Pasquali, CEO da Pasquali Solution (Brasil) e da Titan Clarity (EUA), observa que a subárea de Desenvolvimento de Softwares chama a atenção por sempre continuar crescendo, independentemente do momento econômico do país, mesmo que um pouco menos num cenário econômico desfavorável em geral.
Sobre os investimentos na subárea, o especialista considera que “em um momento de crise, as empresas correm e decidem investir pensando em redução de custos, enquanto, em um momento positivo, as empresas tendem a investir para alavancarem seus negócios e continuarem a crescer”.
Pasquali, informa que o mercado de TI permanece aquecido há mais de duas décadas, algo que se deve, por exemplo, a empresas grandes que carecem de transformação digital mais robusta, além daquelas que já estão transformadas há tempos, mas que carecem de atualizações constantes e adequação às novas tendências tecnológicas.
Com relação à demanda crescente por profissionais qualificados na área de tecnologia da informação, de acordo com o estudo “Demanda de Talentos em TIC e Estratégia ΣTCEM”, publicado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), de 2021 a 2025, é estimado que as empresas de tecnologia tenham cerca de 797 mil vagas destinadas a pessoas formadas em cursos de perfil tecnológico - entretanto, o relatório também projeta um déficit anual de 106 mil talentos.
Corroborando com os dados relatados pela Brasscom, o CEO da Pasquali Solution afirma que já é conhecido o fato de existirem mais empregos do que profissionais da área. “É importante que as pessoas saibam que isso acontece no mundo todo, não é só no Brasil. É difícil contratar em geral para qualquer área de TI. Sendo, geralmente, mais difícil ainda contratar profissionais para as subáreas de desenvolvimento de sistemas e segurança da informação, por exemplo”, analisa o profissional.
Para os próximos passos como especialista em Ciência de Dados, Pasquali aponta que o poder decisivo tanto de consumidores quanto de empresários tende a se tornar dependente dessa tecnologia, dando margem de erro para todos os mercados que pretendem percorrer caminhos específicos.
Em análise final, o especialista afirma que “atualmente as tecnologias voltadas para o desenvolvimento de aplicativos mobile e aplicativos web permanecem possuindo a maior demanda dentro do mercado”.
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